Credibilidade no pré-sal

Dilma ‘esquece’ roubo e prejuízos à Petrobras e critica STF por decisão sobre estatais

Ex-presidente cassada é chamada de 'cara de pau' nas redes sociais

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Ex-presidente do conselho de administração da Petrobras quando se deu grande parte do esquema bilionário do petrolão e a compra hiperfaturada da refinaria americana de Pasadena, a ex-presidente cassada Dilma Roussef (PT), com credibilidade no nível da camada do pré-sal, encontrou oportunidade para criticar, neste domingo (9), a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar a venda do controle acionário de subsidiárias de empresas públicas e sociedades de economia mista, sem necessidade de aval legislativo ou processo de licitação.

Em seu site e em seu perfil do Twitter, Dilma publicou texto intitulado “Péssimo negócio”, em que afirma: “A Petrobras será vendida, pedaço por pedaço e, com a autorização do STF, não há nada de que não possa se desfazer”. Porém, nos sete parágrafos de sua crítica também direcionada ao presidente Jair Bolsonaro, ao mercado especulativo e à mídia, esqueceu-se de citar que integrava o conselho gestor da estatal, quando a Petrobras pagou oito vezes mais que o valor de mercado do ano anterior, para adquirir a refinaria de Pasadena, em 2006.

Em comentários de internautas, Dilma foi lembrada sobre os danos causados pelo seu Partido dos Trabalhadores (PT) à Petrobras.

“Seria bem melhor ter indicado “companheiros” PTistas e comprar refinarias americanas a preço superfaturado, né, presidenta impichada?”, reagiu Dianson Oliveira, historiador e sociólogo.

“Kkkk. Piada pronta. A Dilma Passadena falando de prejuízo na Petrobrás. É muita cara de pau!!!”, escreveu Antonio Costa, no Twitter.

À época em que Dilma presidia o conselho gestor da Petrobras, a estatal pagou US$ 360 milhões (cerca de R$ 1,4 bilhão, na cotação atual) por metade da empresa, quase oito vezes mais do que os US$ 42 milhões (R$ 170 milhões) desembolsados um ano antes pela suíça Astra por 100% do capital.

Em razão de uma disputa judicial, a Petrobras acabou desembolsando, ao todo, US$ 1,2 bilhão (R$ 4,8 bilhões) para ficar com todas as ações.

O processo de compra da refinaria foi alvo da Operação Lava Jato e é hoje investigada também pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que avalia responsabilidades da gestão da empresa durante os governos petistas pelo prejuízo.

No início de maio deste ano de 2019, a Petrobras divulgou ter concluído o processo de venda da polêmica refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, para a americana Chevron.

O negócio foi fechado no fim de janeiro por US$ 562 milhões (cerca de R$ 2 bilhões, na cotação da época), cerca de metade do valor desembolsado pela estatal para ter a unidade.

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