Deve permanecer calado

CPI do BNDES toma depoimento de Eike Batista nesta terça-feira

Empresário que foi preso na Lava Jato, porém, não deve colaborar com a comissão que investiga irregularidades em contratos fechados pelo banco

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Eike Batista nos tempos de vacas obesas, com carrão na sala: ele ficou três meses preso na Operação Lava Jato e foi condenado a 30 anos de prisão.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES se reúne na tarde desta terça-feira, 6, para tomar o depoimento do empresário Eike Batista.

O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), autor do requerimento para a realização da audiência pública, argumenta que o empresário tem conhecimento sobre contratos entre o BNDES e as empresas denominadas “campeãs nacionais”, entre elas o grupo EBX, criado pelo próprio Eike.

A CPI do BNDES foi instalada em março deste ano para investigar supostas irregularidades em contratos celebrados pelo banco entre 2003 e 2015.

Para não ser obrigado a produzir provas contra si, Eike conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) liminar para poder permanecer em silêncio durante o depoimento. O empresário também teria solicitado autorização para abandonar a sessão caso se sinta desrespeitado.

Eike Batista chegou a ser preso em 2017 em desdobramentos da Operação Lava Jato, por corrupção. No ano passado, ele foi condenado a 30 anos de prisão por pagar propinas ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.

Se a sentença for confirmada em segunda instância, Eike poderá voltar para a cadeia.

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