Justiça

Contra impeachment, Marco Aurélio defende respeito às urnas

Ministro se despede do STF na próxima segunda-feira, ao completar 75 anos

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Ministro Marco Aurélio vestido de toga sentado durante sessão no plenário do STF
Ministro aposentado do STF Marco Aurélio Mello - Foto: Fellipe Sampaio/STF/Arquivo

O ministro Marco Aurélio, que se prepara para se aposentar do cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira (5) que é contra o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, como defende setores ds oposição.

Para o magistrado, Bolsonaro foi eleito pela vontade da maioria dos brasileiros para um mandato de quatro anos e isso lhe deve ser assegurado.

Sete presidentes da República passaram pelo Planalto durante os 31 anos de Marco Aurélio Mello no Supremo.

Decano do Supremo, o ministro vai se aposentar compulsoriamente na segunda-feira da semana que vem, quando completa 75 anos, e concedeu entrevista ao programa Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes.

Marco Aurélio defende a urna eletrônica e vê nas críticas ao sistema a “preparação para impugnar o resultado da eleição em 2022”.

Ele estava no comando do Tribunal Superior Eleitoral nas primeiras eleições informatizadas, há 25 anos. Segundo Marco Aurélio, o voto eletrônico “preserva a vontade do eleitor”, ao contrário do que muitas vezes acontecia antes.

Sobre seu sucessor no STF, o ministro disse torcer para que a cadeira seja ocupada pelo atual advogado-geral da União, André Mendonça, ou pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

No entanto, ele diz que há outros bons nomes e lembra que, a exemplo da nomeação de Kássio Nunes Marques, o presidente Bolsonaro pode “surpreender”.

O ministro Marco Aurélio foi entrevistado no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, pelos jornalistas Thays Freitas, Marco Antonio Sabino e Cláudio Humberto.

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