Heterofobia mata

Criança esquartejada por ser menino provoca debate sobre omissão do Estado

Rhuan, de 9 anos, foi torturado e morto pela própria mãe e a companheira

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Com ajuda da companheira, mãe assassina filho de 9 anos no DF. Foto: Reprodução

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados discute nesta quinta (27) a atuação do Estado para evitar crimes como o “Caso Rhuan”, ocorrido recentemente no Distrito Federal. Rhuan tinha 9 anos e foi barbaramente assassinado pela mãe, Rosana Auri da Silva Cândido, de 27 anos, com a ajuda da companheira, Kacyla Pryscila Santiago Damasceno Pessoa, de 28 anos.

A criança teve seu órgão genital decepado um anos antes de ser mortos, e há provas de que ele foi submetido a tortura e acabou morto e cortado em pedaços apenas pelo fato de ser menino.

Foram convidados para o debate o delegado da Polícia Civil do DF que tem atuado no caso Rhuan, Guilherme Sousa, e representantes do Ministério Público Federal, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, do Conselho Tutelar do DF, e Felipe Nery, pedagogo e presidente da Rede Nacional de Direitos e Defesa da Família.

Negligência

O deputado Filipe Barros (PSL-PR), que pediu a audiência, lembra que houve “graves falhas na rede de proteção a essa criança, tornando necessário um amplo debate sobre as medidas que deverão ser adotadas para proteger crianças e adolescentes do Brasil”, segundo a Agência Câmara.

Ainda segundo o deputado, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, também acompanha o caso e constatou negligência do Estado, principalmente a partir 2017, quando a mãe biológica da criança perdeu a guarda.

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