Lava Jato

Aécio Neves vira réu por corrupção e tentativa de obstrução judicial

Joesley Batista afirma ter pago propina de R$ 2 milhões ao deputado e sua irmã em 2017

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O ex-senador e deputado Aécio Neves (Foto: Lula Marques/AGPT)

A Justiça Federal de São Paulo aceitou uma denúncia feita pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Aécio Neves (PSDB).

O tucano se tornou réu por corrupção passiva e tentativa de obstrução judicial das investigações da Operação Lava Jato.

A irmã do senador, Andréa Neves, um primo dele e um assessor parlamentar do congressista também são acusados por corrupção passiva.

Na decisão, de 2 de julho, o juiz federal João Batista Gonçalves, da vara de São Paulo especializada em crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro, determinou que Aécio e os outros réus sejam intimados para oferecer resposta à acusação.

A acusação foi feita a partir de delações de Joesley Batista, do Grupo J&F, que afirmou ter pago propina no valor de R$ 2 milhões ao deputado. Em troca, o parlamentar teria oferecido favores políticos a Joesley.

A denúncia também relata que Aécio Neves, de 2016 até maio de 2017, pelo menos, tentou impedir e embaraçar as investigações da Operação Lava Jato, na medida em que “empreendeu esforços para interferir na distribuição dos inquéritos da investigação no Departamento de Polícia Federal, a fim de selecionar delegados de polícia que supostamente poderiam aderir ao impedimento ou ao embaraço à persecução de crimes contra altas autoridades políticas do país”.

As colaborações indicam que Aécio Neves atuou intensamente nos “bastidores” do Congresso Nacional no sentido de aprovar medidas legislativas para impedir ou embaraçar a apuração e a efetiva punição de infrações penais que envolvam a organização criminosa.

 

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