Nos próximos dias 14 e 15 de agosto será realizada a eleição para o CRM-DF, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, órgão de classe responsável pela fiscalização do exercício profissional dos médicos, pela garantia que as condições de trabalho sejam adequadas para eles e seus pacientes e, principalmente, pelas relações entre os médicos e a população.
E é no espaço dessas relações que se insere a mais importante das atribuições dos CRM’s: o monitoramente permanente sobre a conduta ética dos profissionais da medicina.
Essas eleições estão sendo marcadas pelo ineditismo. De início é importante assinalar que serão as primeiras a serem realizadas exclusivamente pela Internet, ou seja, os médicos só votarão usando o computador. Também é inédita a existência de quatro chapas concorrentes, o que demonstra o grande interesse da classe pela sua entidade mestra.
Outra característica desse pleito é a preocupação de todas as quatro chapas em afastar o qualquer viés político-partidário e concentrar suas mensagens e propostas no campo da profissão, do exercício profissional, da formação médica e de assuntos correlatos.
Os lemas de cada chapa enunciam isso. A chapa 1 brada “Pode contar comigo”. A chapa 2 clama “Pela medicina e médicos do DF”. A chapa 3 apela para “CRM e você”, e a chapa 4 propugna “Ciência, ética e dignidade”.
Pode-se observar uma diferença entre elas. As três primeiras tem um viés nitidamente corporativo e a chapa 4 traz visão e proposta mais conceitual. Mas nenhuma conduz a slogans ou programas de cunho político ou partidário.
São 18256 profissionais da medicina registrados no CRM DF, dos quais pouco mais da metade são mulheres. É esse contingente que vai eleger em agosto os 20 conselheiros titulares e os 20 suplentes responsáveis pela condução da entidade pelos próximos quatro anos.
O que se espera dos eleitos é que formem uma diretoria que se paute pela ética, que seja conduzida pelo respeito à ciência, sem politicagem nem atrelamento a partido político e sem subordinação ao governante de ocasião.