Comitiva iraniana faz visita técnica a unidades socioassistenciais do DF

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O compartilhamento de informações e de experiências sobre o Cadastro Único e o Sistema Único de Assistência Social (Suas) foram temas de visita técnica de representantes iranianos ao Ministério da Cidadania e a unidades socioassistenciais do Distrito Federal nesta semana.

Como iniciativa de cooperação trilateral entre o governo do Brasil, o Unicef e o governo do Irã, a missão teve como objetivo o compartilhamento, por parte do Brasil, da experiência do Cadastro Único e como as políticas e legislações foram traduzidas com sucesso em programas de proteção social – especialmente em nível municipal/estadual – para melhor bem-estar de crianças e adolescentes.

A comitiva se concentrou em dois eixos de atuação do governo federal, que, ao longo dos anos, reuniu legislações e políticas em um sistema único e conciso, como a proteção social integral que alinha implantação e gestão em um sistema integrado não contributivo, composto pela saúde e assistência social, e ações sociais para o público em situação de vulnerabilidade.

“Buscamos o auxílio técnico do governo brasileiro e do Unicef para aprimorar o sistema de proteção social em nossa República”
Amir Mahadi Araghi, integrante da comitiva iraniana

A representação iraniana visitou o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e o Centro Pop, ambos de Taguatinga.

Cerca de 40% da população rural e 17% urbana do Irã vive abaixo da linha da pobreza. Além da questão econômica, o país é impactado pela crise dos refugiados afegãos, que sobrecarrega os serviços inclusivos e sociais. “Por essas demandas sensíveis da nação, buscamos o auxílio técnico do governo brasileiro e do Unicef para aprimorar o sistema de proteção social em nossa República”, explica o integrante da delegação, Amir Mahadi Araghi.

Ao comparecer no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e no Centro Pop, ambos de Taguatinga, a comitiva iraniana presenciou atendimentos, o acolhimento, a inserção de dados no Cadastro Único, a efetivação de políticas públicas mediante a vulnerabilidade do indivíduo e de famílias e a liberação de benefícios socioassistenciais.

Dayane Xavier, gerente do Centro Pop, afirma que a troca de experiências com outros países no âmbito social é positiva, pois o Brasil é observado a partir de uma proteção social bem-estruturada, e ressaltou o trabalho realizado no DF. “A política socioassistencial do Distrito Federal consegue transitar entre uma proteção básica, média e de alta complexidade, com equipamentos que conseguem dar uma resposta à população em relação às suas demandas sociais, principalmente após o contexto pandêmico e pós-pandêmico”.

A delegação, composta por quatro representantes iranianos, também esteve presente na Casa da Criança Batuíra, instituição que ampara temporariamente crianças e adolescentes que estão afastadas do convívio familiar. Após as visitas nas unidades, a comitiva citou o Suas como um sistema funcional, um exemplo que pode ser instalado no país.

“Essa troca de informações, conhecimento e vivências são importantes para os dois lados”, resume a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “Para nós, é muito gratificante saber que fomos escolhidos para podermos mostrar como estamos tratando a política socioassistencial no DF”, complementa a gestora.

Antes de partir do solo brasileiro, a delegação segue para Roraima com a finalidade de acompanhar a proteção social na fronteira com a Venezuela.

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