Crime da 113 Sul

Troca de e-mails mostra relação afetuosa entre Adriana Villela e os pais assassinados

Acusada de mandar matar os pais se referia ao ex-ministro como "muito querido e amado pai"

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O casal assassinado Maria e José Guilherme Villela, e a filha Adriana, apontada pela polícia como mandante.

A defesa da arquiteta Adriana Villela, acusada de mandar matar os próprios pais, mostrou ao Diário do Poder, nesta quinta-feira (26), vários e-mails trocados com a mãe, Maria Villela, que revelam um relacionamento familiar afetuoso. As mensagens são posteriores àquela usada pela acusação para tentar caracterizar “relacionamento hostil” entre Adriana e os pais assassinados brutalmente pelo ex-porteiro do prédio onde moravam.

A polícia, que acusou Adriana como mandante antes mesmo de conhecer os executores, sustenta a tese, também adotada pela promotoria, de que haveria dificuldades de relacionamento da arquiteta com os pais assassinados. Não é o que sugere o teor de inúmeros emails trocados entre ela e a mãe, mostrando relacionamento carinhoso e marcado por preocupações da mãe com a filha que já não residia em sua casa.

Na troca de e-mails, fica patente o carinho entre mãe e filha.

Em e-mail datado de 11 de agosto de 2007, por exemplo, Adriana agradece uma mensagem de Maria (“Que lindo. mãe, em todos os sentidos – … – “Grata por sonhar comigo”) e se refere ao ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela como “muito querido e amado pai”.

Nessa mensagem, aliás, ele ainda conta haver comprado um presente para José Guilherme: “Comprei um presente lindo pro meu pai”, referindo-se a uma máquina de café expresso. conclui, na conversa com a mãe: “É surpresa. Se, por algum motivo, não foi boa ideia, dá pra trocar”.

Vários e-mails deixam clara a relação normal entre mãe e filha.

As várias de mensagens mostram que mãe e filha mantinham relacionamento frequente. Em uma delas, cujo assunto do e-mail era “Eu te amo”, Adriana manda para Maria Villela a frase “Que a alegria faça do seu coração a morada. Te amo, querida”. Em outras, Adriana saúda a mãe com um “Bom dia, flor do dia!”

O triplo assassinato ocorreu em agosto de 2009, no caso conhecido como “Crime da 113 Sul”, que vitimou também o ex-ministro do Tribunal superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela e Francisca, a empregada da família.

Nesta mensagem à mãe, Adriana Villela mostra carinho por José Guilherme, que trata de “muito querido e amado pai”.

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