Danos em três bairros

TJAL quer mediar conflito entre a Braskem e vítimas da mineração, em Maceió

Tutmés Airan pretende reunir moradores e representantes da empresa que afundou três bairros

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O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), Tutmés Airan de Albuquerque, disse que vai tentar intermediar uma solução mais rápida entre os conflitos da Braskem e das vítimas de sua atividade nos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro, em Maceió (AL). O laudo técnico que apontou a relação entre a extração de sal-gema em 35 poços perfurados pela empresa e os problemas ocorridos nos bairros foi divulgado nesta quarta-feira (8).

“A gente tem plena consciência de que essa vai ser uma demanda de massa. Muita gente vai buscar os caminhos do Judiciário para responsabilizar a Braskem pelos danos, sejam materiais, sejam emocionais ou morais. Então, acho que seria importante a Braskem sentar com as pessoas que tiveram suas vidas afetadas no sentido de estabelecer a solução para esse conflito”, disse o desembargador.

Ainda segundo Tutmés Airan, o Judiciário de Alagoas vai fazer o que estiver ao seu alcance para que o conflito entre as partes seja resolvido da maneira mais rápida possível. “Vou conversar com a empresa para que montemos uma grande mesa de mediação, para que a gente possa virar essa triste página da história de Maceió”.

O laudo técnico foi divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão do Governo Federal. E foi confirmado o afundamento de 40 centímetros em alguns pontos das áreas de risco, em dois anos.

O TJAL já suspendeu a distribuição de R$ 2,6 bilhões de lucros para acionistas da Braskem, em resposta ao pedido de bloqueio de R$ 6,7 bilhões no patrimônio da subsidiária da Odebrecht, formalizado pelo Ministério Público e Defensoria Pública Estadual, que solicitaram hoje a suspensão das atividades da mineradora e reforçam o pedido de bloqueio dos bens, após a audiência de hoje.

Veja aqui a posição da Braskem. (Com informações da Dicom TJAL)

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