Operação Harpia

PF prende doleiros acusados de lavagem de dinheiro no Rio Grande do Sul

Operação Harpia investiga conexão entre doleiros que atuam no Brasil, Uruguai e Paraguai

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A Polícia Federal cumpre nesta segunda-feira (31) mais de 600 mandados Foto: Flickr PF

A Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal, deflagrou na manhã desta terça-feira (03), a Operação Harpia, que investiga crimes de operação de instituição financeira sem autorização, evasão de divisas, lavagem de capitais e organização criminosa, envolvendo doleiros que atuam no Brasil, Uruguai e Paraguai.

Cerca de 80 agentes e oito servidores da Receita Federal cumprem 16 mandados de busca e apreensão tanto na capital gaúcha, Porto Alegre, como nas cidades de Novo Hamburgo e Santana do Livramento, e em Ariquemes, no estado de Rondônia, além de 11 mandados de prisão.

As investigações tiveram início em 2018, e apontaram a rede de conexão dos doleiros que atuavam em Porto Alegre, Santana do Livramento (RS), Rivera (URU) e Ciudad del Este (PAR).

Os investigadores identificaram que esse grupo mantinha parceria cambial conhecida como “dólar-cabo”, para a prática da lavagem de dinheiro de diversas atividades criminosas no Brasil e no Exterior, inclusive com a utilização de madeireiras da Região Norte do país.

A partir das informações coletadas com o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, a Polícia Federal e a Receita Federal buscam identificar a origem e o volume de recursos ilícitos transacionados pelos investigados, que tiveram movimentação financeira de mais de um bilhão de reais entre os anos de 2015 e 2019.

A operação de hoje leva o nome de Harpia, uma das maiores aves de rapina do mundo, que está presente em grande parte do Brasil, principalmente na Amazônia.

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