Até quando?

Em São Paulo, 1.500 presos aproveitaram ‘saidão’ do Dia da Criança para fugir

O pior é que a fuga está dentro da média histórica, mas não se altera a regra

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Nova lei pode sancionar ou vetar projeto de lei para saidinha. (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Os polêmicos “saidões” ou “saidinhas” de presos dos presídios, em datas comemorativas, continuam demonstrando na prática que precisam ser revistos com urgência.

Em São Paulo, quase 1.500 presos não retornaram na última “saidinha” temporária, que colocou nas ruas mais de 37 mil presos condenados em regime fechado, entre 14 e 20 de setembro, a pretexto de comemorar o “Dia da Criança”.

Entre os foragidos foragidos há casos como o de um condenado a mais de 14 anos de prisão por estupro e tráfico de drogas, segundo divulgou a Rádio Bandeirantes. Ele está entre os criminosos que, apesar de perigosos, são continuamente beneficiados por “saidinhas”.

O número de presos que saíram pela porta da frente de presídios paulistas, na “saidinha”, representa 4,2% do total de beneficiados.

O pior é que esse percentual está dentro da média histórica, mas não se alteram os critérios para concessão do benefício.

Em São Paulo, as “saidinhas” reiteram o deboche da legislação e das autoridades contra a população indefesa, como nos casos em que Ana Jatobá, condenada pelo assassinato da enteada Isabela, de seis anos incompletos, ganho direito à “saidinha” do Dia da Criança. Também têm sido um escárnio a concessão desse tipo de benefício, incluindo Dia dos Pais e Dia das Mães, a Suzane von Richthofen, que matou os próprios pais.

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