Atitude cada vez mais rara

Juíza da Lava Jato se declara suspeita para julgar delator

Gabriela Hardt motivo de foro íntimo para declinar do julgamento

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Juíza Gabriela Hardt . Foto: Enéas Gomez/Divulgação

A juíza da 13ª Vara Federal de Curitiba, Gabriela Hardt, afirmou ser “suspeita” para julgar ações contra o ex-deputado e ex-delator da Operação Lava Jato, Tony Garcia, por motivo de foro íntimo (quando o determinado assunto refere-se à própria consciência).

Hardt informou ainda que protocolou representação criminal contra Garcia no Ministério Público porque o empresário teria cometido crime contra a honra da magistrada.

O pronunciamento da magistrada foi nesta segunda-feira (5), uma hora depois de a defesa argumentar suspeita de parcialidade que possa afetar os processos que envolvem Garcia e Antonio Eduardo de Souza Albertini, que também foi delator na Lava Jato.

A juíza, que assumiu a 13ª Vara Federal de Curitiba depois do afastamento do juiz Eduardo Appio, solicitou, com urgência, à Corregedoria Regional um novo juiz para os processos.

Recentemente, Tony Garcia acusou o atual senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR) de pressiona-lo para atuar como “agente infiltrado”. Na avaliação de Garcia, o intuito seria perseguir desafetos de Moro, que nega as acusações.

Segunda a defesa de Garcia, o empresário teria informado a juíza de crimes cometidos pelo senador e alguns procuradores da República em interrogatório promovido em março de 2021. Já em novembro de 2022, depois de manifestação do Ministério Público Federal, Hardt decidiu rescindir o acordo de colaboração premiada entre Garcia e o MPF.

 

 

 

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