Quem matou e por quê?

Dino manda e PF já investiga assassinatos de Marielle e Anderson

Ministro da Justiça alega que inquérito amplia colaboração federal na apuração do crime de 2028, sem mandantes e motivações

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Vereadora Marielle Franco foi executada em março de 2018 (Foto: PSOL/Reprodução)

O ministro da Justiça, Flávio Dino, divulgou nesta quarta-feira (22) a portaria em que a Polícia Federal abre inquérito para investigar todas as circunstâncias que envolveram o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Dino alega que o objetivo seria ‘ampliar a colaboração federal’ na apuração de crime que ainda não teve mandantes e motivações esclarecidos.

“A fim de ampliar a colaboração federal com as investigações sobre a organização criminosa que perpetrou os homicídios de Marielle e Anderson, determinei a instauração de Inquérito na Polícia Federal. Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes”, escreveu Dino, ao publicar portaria de abertura do inquérito em seu perfil do Twitter.

Na portaria do Setor de Inteligência da PF, divulgada pelo ministro, o delegado federal Guilhermo de Paula Machado Catramby aparece como designado para atuar no caso. E cita que a PF tem atribuição de apurar infrações penais contra a ordem política e social em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas.

A portaria ainda justifica a entrada no caso, citando que a Lei 10.446/2002 prevê que é papel da PF, investigar infrações com repercussão interestadual e internacional, quando for exigida repressão uniforme, em resposta à determinação do ministro da Justiça. E cita o risco de o Brasil ser responsabilizado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, no âmbito da latente repercussão internacional, prevista na lei.

Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz estão presos denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) como autores materiais do assassinato de Marielle e Anderson.

Veja a publicação do ministro Flávio Dino, com a portaria da PF:

https://twitter.com/FlavioDino/status/1628346489993822209

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