Repercussão

Decisões do STF contra a Lava Jato espantam imprensa estrangeira

Jornal inglês Financial Times destaca “desmanche” da operação Lava Jato na edição desta quinta-feira (6)

acessibilidade:
Sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Foto: Dorivan Marinho/SCO/STF
Sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Foto: Dorivan Marinho/SCO/STF

Um dos maiores jornais do mundo, o inglês Financial Times destacou em sua edição desta quinta-feira (6) o “desmanche” da operação Lava Jato após decisões recentes do STF: “Grande parte do trabalho para desmantelar os resultados da investigação – que recuperou bilhões de dólares das empresas envolvidas – esteve nas mãos do Supremo Tribunal Federal e, em particular, do ministro José Antonio Dias Toffoli”, diz a publicação.

A presença de Joesley e Wesley Batista ao lado do presidente Lula (PT) durante reunião oficial sobre as enchentes no Rio Grande do Sul chamou a atenção dos jornalistas estrangeiros, que apontam o retorno “muito público” da dupla à cúpula do poder como evidência do tamanho do aniquilamento do legado da operação Lava Jato. Os irmãos bilionários Batista, aponta o jornal, “estão por trás do gigante frigorífico JBS e admitiram ter pagado subornos multimilionários durante a Lava Jato”.

Destaque do site do jornal Financial Times (ft.com)

A anulação das condenações de outros protagonistas da Lava Jato como Marcelo Odebrecht, a empreiteira (ex-Odebrecht atual) Novonor, e o grupo J&F, holding dos irmãos donos da JBS, sustentam as informações do jornal, que cita também a queda de dez posições do Brasil no ranking da corrupção da Transparência Internacional em 2023. “Dias depois do relatório crítico, Toffoli ordenou que o órgão de fiscalização da corrupção com sede em Berlim fosse investigado por alegações de apropriação indevida de recursos públicos durante a investigação da Lava Jato”, lembra o jornal.

Leia a reportagem completa do Financial Times (em inglês) aqui.

De acordo com a atual legislação eleitoral brasileira (resolução TSE 23.610/2019), sites de notícias podem ser penalizados pelos comentários em suas publicações. Por esse motivo, decidimos suprimir a seção de comentários até o fim do período eleitoral.