Venezuela

Chile e Argentina não reconhecem vitória de Maduro; Lula fica em silêncio

Líderes mundiais questionam lisura do processo eleitoral

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Ditador Nicolás Maduro (Foto: Reprodução/Twitter).

Líderes mundiais declararam que não vão reconhecer a vitória do ditador Nicolás Maduro, declarado vencedor no pleito que renovou o mandato à frente da Venezuela neste domingo (28).

Vários países manifestaram insatisfação e desconfiança em relação ao processo eleitoral. Na América do Sul, Chile e Argentina declararam que não vão reconhecer o resultado das eleições, sob desconfiança de fraude.

“O regime de Maduro deve entender que os resultados publicados são difíceis de acreditar. A comunidade internacional e sobretudo o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exige total transparência das ações e do processo, e os observadores internacionais não se comprometem com o governo na conta da veracidade dos resultados. Desde o Chile não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável”, declarou o presidente chileno, Gabriel Boric.

O presidente da Argentina, Javier Milei, cita dados que apontam para a vitória da oposição e afirmou que não vai reconhecer o ditador como vencedor do pleito.

A Argentina não vai reconhecer outra fraude e espera que desta vez as Forças Armadas defendam a democracia e a vontade popular. A liberdade avança na América Latina”, disse o argentino.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Espanha, José Manuel Albares, cobrou transparência na contagem de votos, “Queremos total transparência e por isso pedimos a publicação da ata tabela por tabela”.

Luís Lacalle Pou, presidente do Uruguai, também levantou desconfiança sobre o processo.

“Era um segredo aberto. Eles iam ‘ganhar’ sem prejuízo dos resultados reais. O processo até ao dia da eleição e da contagem foi claramente falho”, declarou o uruguaio.

No fim da manhã, o Itamaraty divulgou uma nota saudando o “caráter pacífico” das eleições. Veja abaixo:

O governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração.

Reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados.

Aguarda, nesse contexto, a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito.

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