Ainda tem vulcão em erupção

Sobe para 1.407 número de mortos pelo terremoto e tsunami na Indonésia

Cidades devastadas ainda sofrem com a erupção do vulcão Sotupan

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O terremoto e o tsunami na Indonésia na sexta-feira causaram "liquefação" em Palu

Subiu para 1.407 o número de mortos por causa do terremoto de magnitude 7,5 na escala Richter e do tsunami, que atingiram a ilha de Celebes, na Indonésia, na última sexta-feira, 28. O número de feridos em estado grave subiu para 2.549 e o de desaparecidos chega a 113. Além disso, as autoridades atendem a 70.821 pessoas em 141 abrigos e o registro de casas destruídas está em 65.733.

A catástrofe começou na última sexta-feira com um terremoto de magnitude 6,1 que matou uma pessoa e feriu 20, seguido, três horas depois, pelo terremoto de 7,5 e o tsunami. O porta-voz da BNPB disse hoje que 63% dos indonésios não escutaram as sirenes de alerta de ondas gigantes. Ele acrescentou que na Indonésia 71% da população nunca zeram uma simulação de resposta aos desastres. Sutopo Purwo Nugroho afirmou que as autoridades acreditam que o número de vítimas do terremoto e do tsunami seguirá aumentando.

Além do terremoto seguido por tsunami, a ilha indonésia de Sulawesi enfrenta nesta quarta-feira, 3, a erupção do vulcão Sotupan. Ainda não há relato de vítimas do vulcão, que fica a cerca de 600 km de Palu e Donggala, as duas cidades mais devastadas pela catástrofe na sexta.

O vulcão, que é um dos mais ativos da ilha, emitiu uma coluna de fumaça e cinza de 4 mil metros de altura. As autoridades estabeleceram um raio de segurança de 4 km ao redor da cratera.

‘Cidade Zumbi’

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, visitou as áreas atingidas e afirmou que a ajuda começou a chegar. No entanto, a distribuição ainda é muito lenta e os moradores estão desesperados.

A agente de resgate Lian Gogali descreveu uma situação perigosa em Donggala, que inclui uma série de cidades pequenas e fora de contato ao longo de uma estrada costeira ao norte de Palu próximas do epicentro do terremoto.

“Todos estão desesperados por comida e água. Não há comida, água ou gasolina. O governo está ausente”, disse Gogali.

Johnny Lim, dono de um restaurante da cidade de Donggala, contou à Reuters por telefone que está sobrevivendo com uma alimentação à base de cocos.

“É uma cidade zumbi. Tudo foi destruído. Não sobrou nada. Estamos no limite. Não há comida nem água”, afirmou.

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