Crítico do governo saudita

Secretário norte-americano vai à Turquia discutir desaparecimento de jornalista

Crítico do governo da Arábia Saudita, Jamal Khashoggi está desaparecido há duas semanas após visita a consulado na Turquia

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Jornalista saudita Jamal Khashoggi está desaparecido desde o dia 2 de outubro. Foto: CCTV/Reprodução

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, se reúne nesta quarta (17) com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, para discutir o desaparecimento do jornalista saudita Jamal Khashoggi, de 59 anos.

Mais tarde, Pompeo tem uma reunião com o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Çacusoglu, que quer discutir com o norte-americano mais detalhes sobre o caso Khashoggi.

Em 2 de outubro, o jornalista crítico do governo da Arábia Saudita foi ao consulado do seu país em Istambul, na Turquia, para resolver trâmites burocráticos relacionados ao casamento dele com uma cidadã turca. No entanto, Khashoggi nunca saiu do consulado e é considerado desaparecido desde então.

Os Estados Unidos acompanham as investigações porque, desde o ano passado, Jamal Khashoggi mora no país e trabalha no renomado jornal norte-americano Washington Post.

Mike Pompeo esteve nesta terça (16) em Riad, capital da Arábia Saudita, onde se encontrou com o rei Salman e com o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman. O governo saudita teria afirmado ao secretário norte-americano que está disposto a investigar o desaparecimento do jornalista. “Eles fizeram o compromisso de responsabilizar qualquer pessoa por qualquer transgressão, mesmo que seja uma alta autoridade”, declarou Pompeo ao deixar Riad.

A imprensa turca acusa agentes sauditas de torturarem e matarem Khashoggi dentro do consulado saudita em Istambul. O jornal pró-governo turco Yeni Safak afirma que o jornalista foi morto minutos após entrar no consulado, dentro do escritório do cônsul-geral saudita, Mohammed al-Otaibi. O jornal descreve o que seria uma gravação de áudio da morte de Khashoggi: “façam isso lá fora, vocês vão me colocar em apuros”, teria afirmado o cônsul-geral.

De acordo com o jornal norte-americano New York Times, dos 15 sauditas identificados pela imprensa turca como parte do grupo que atuou no assassinato do jornalista, quatro são ligados ao príncipe herdeiro. (Com informações da FolhaPress)

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