Vai que é tua, Zelensky

Otan não vai intervir na Ucrânia ‘nem no espaço aéreo, nem em solo’

Aliança militar assedia a Ucrânia desde 2014, dando pretextos para invasão

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Secretário-geral da aliança militar da Otan, Jens Stoltenberg. Foto: Otan.

Jens Stoltenber, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), cujo assédio à Ucrânia serviu de pretexto à decisão do presidente russo Vladimir Putin invadir o país vizinho, afirmou hoje, em resumo, que o governo de Volodymyr Zelensky está só nessa guera.

Após se reunir com os 30 países-membros da Otan, Jens Stoltenber, afirmou nesta sexta-feira (4) que a aliança militar não vai socorrer  não entrar em território ucraniano e nem pretende sequer atuar no “bloqueio do espaço aéreo” reclamado por Zelensky.

“Nós já deixamos claro que não vamos entrar na Ucrânia, nem no espaço aéreo, nem em solo”, disse ele, bem diferente dos discursos agressivos de antes, apostando no conflito. “Se nós fizéssemos uma zona de exclusão aérea, teríamos que mandar aviões nossos e derrubar aviões russos”, observou.

“Nós entendemos o desespero [da Ucrânia] mas também acreditamos que se fizéssemos isso, levaríamos a uma guerra total na Europa, envolvendo muito mais países e causando muito mais sofrimento. É muito dolorosa essa decisão. Nós impusemos sanções severas e aumentamos o apoio, mas não podemos participar diretamente do conflito”, explicou Stoltenberg.

Agora Stoltenberg afirma que a Otan defende uma solução pacífica e diplomática e reforçou os pedidos para que Putin aceite conversar para reduzir as tensões e encontrar uma saída para o conflito.

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