Ataque na Nova Zelândia

Em manifesto, terrorista afirma querer “criar uma atmosfera de medo”

Ataques simultâneos em duas mesquitas na Nova Zelândia deixaram pelo menos 49 mortos

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Terrorista divulgou manifesto na internet antes de entrar atirando em mesquita na Nova Zelândia. Foto: Reprodução

Antes de entrar atirando em uma mesquita da cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, o terrorista identificado como Brenton Tarrant divulgou na internet um manifesto de 74 páginas em que afirma que seu objetivo é criar uma atmosfera de medo e incitar a violência, conforme divulgado pelo jornal português Expresso.

Considerado como um terrorista de extrema direita pelas autoridades neozelandesas, o homem escreveu que é de Grafton, no estado australiano de Nova Gales do Sul. Tarrant cita ainda outros terroristas como suas inspirações. Entre eles Darren Osborne, condenado pelo ataque terrorista contra muçulmanos na mesquita de Finsbury Park, em Londres, em junho de 2017.

Ao entrar na mesquita, o terrorista passou a transmitir o ataque ao vivo, pelo Facebook. A rede social informou que está trabalhando para tirar as cópias do vídeo do massacre, e que a conta do terrorista já foi desativada.

O ataque desta sexta (15) deixou pelo menos 48 mortos e 48 feridos — 12 deles em estado grave. Além de Tarrent, outras três pessoas teriam sido detidas pela polícia neozelandesa: dois homens e uma mulher. Nenhum dos envolvidos estava no radar dos serviços de inteligência do país, segundo a primeira-ministra Jacinda Ardern.

Ardern declarou que este é um dos dias mais “sombrios e sangrentos” da história do país. A primeira-ministra disse ainda que o ataque terrorista foi bem planejado pelos envolvidos. Ardern afirmou que a visão extremista compartilhada pelos terroristas não tem lugar na Nova Zelândia.

As autoridades pediram que todas as mesquitas do país permanecam fechadas até um novo aviso. As escolas da cidade em que ocorreram os ataques foram fechadas, assim como estradas de Christchurch.

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