Iwao Hakamada

Homem que ficou por mais tempo no corredor da morte é inocentado

Hideyo Ogawa, provou por meio de testes de DNA que as roupas manchadas de sangue encontradas em um barril de missô, não continham o DNA de seu cliente

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Homem foi inocentado após ficar 45 anos no corredor da morte Foto: Shiho Fukada/CNN

O japonês, Iwao Hakamada, foi inocentado nesta quinta-feira (26) após ficar 46 anos de sua vida sentenciado à morte, esse é o maior tempo que um prisioneiro já ficou no corredor da morte em todo o mundo. O homem foi preso em 30 de junho de 1966 acusado de ser o responsável pela morte de um executivo, sua mulher, e os seus dois filhos adolescentes.

O presidente do júri, Koshi Kuni, disse que ele não era culpado e que as provas usadas contra ele foram inventadas, à emissora pública japonesa NHK.

A irmã do inocentado, Hideko Hakamada, disse que não conseguia parar de chorar quando ouviu a absolvição de seu irmão mais novo, “foi bom ouvir a frase ʽnão culpadoʼ no tribunal”, confessou a irmã mais velha do inocentado.

A principal prova usada para provar o envolvimento do ex-pugilista no crime eram roupas manchadas de sangue, encontradas um ano após a prisão de Iwao, em um barril de missô.

Seu advogado, Hideyo Ogawa, provou por meio de testes de DNA que as roupas manchadas de sangue encontradas no barril, não continham o DNA de seu cliente.

O executivo assassinado era o diretor administrativo de uma fabricante de missô em Shizuoka, na região central do Japão.

Hakamada além das mortes, foi acusado de ter posto fogo na casa e de ter roubado 200,000 yen (R$ 7.507 mil) em dinheiro da residência do executivo. Ele foi visto como o principal suspeito pois era funcionário residente da empresa de seu chefe.

É comum no Japão condenados à pena de morte ficarem por anos esperando a sentença enquanto os recursos chegam de maneira lenta aos tribunais. Entretanto, após não caber mais apelações o processo é rápido, eles recebem a informação de que serão executados apenas algumas horas antes do fato, e não tem o direito de falar com seus advogados ou familiares, geralmente a sua conversa final é com um monge budista.

O país nipónico e os Estados Unidos são os únicos países do G7, grupo dos 7 países mais poderosos do mundo, que ainda utilizam a pena de morte.

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