Ditador da Nicarágua quer tornar a própria esposa copresidente
A proposta também quer aumentar o mandato presidencial de cinco para seis anos
O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, apresentou ao Congresso uma reforma constitucional que tem como objetivo tornar sua esposa, Rosario Murillo, co-presidente do país latino-americano. Rosario é a vice-presidente da Nicarágua.
Os copresidentes irão comandar “os órgãos legislativo, judicial, eleitoral, de controle e fiscalização, regionais e municipais”, que a Constituição atual reconhece como sendo independentes.
A proposta também quer aumentar o mandato presidencial de cinco para seis anos e diminuir o número de magistrados no sistema judiciário e na comissão eleitoral. Tanto Ortega quanto sua esposa são acusados pela União Europeia, Estados Unidos e alguns países da América Latina de instaurarem uma autocracia no país.
Por meio de comunicado, o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, reagiu a proposta feita pelo déspota centro-americano. Segundo ele “o documento da reforma é ilegítimo na forma e no conteúdo, constitui apenas uma forma aberrante de institucionalização da ditadura matrimonial no país centro-americano e é definitivamente um ataque ao Estado Democrático de Direito”.