Ataque há seis meses

Chefe da inteligência renuncia por culpa em invasão do Hamas a Israel

Aharon Haliva assumiu culpa de não evitar atentados de 7 de outubro de 2023

acessibilidade:
Israelenses correm de tiros de terroristas do Hamas no ataque em festival de música (Foto: Reprodução Instagram)

O major-general que comandava a inteligência militar de Israel, Aharon Haliva, renunciou ao cargo por admitir ter sido responsável pelo fracasso das forças armadas israelenses diante dos atentados terroristas do Hamas no sul do país, em 7 de outubro de 2023. O anúncio foi feito pelas Forças de Defesa Israelenses (FDI), na madrugada desta segunda-feira (22).

O comunicado oficial do primeiro militar de alto escalão a cair devido aos atentados do Hamas afirmou que o chefe do Estado-Maior General agradeceu a Aharon Haliva pelos seus 38 anos de serviço nas FDI. E exaltou “contribuições significativas para a segurança do Estado de Israel como soldado combatente e comandante”.

A ANSA destaca que Haliva já havia indicado que se demitiria após o fim da guerra, por admitir culpa pelos ataques dos terroristas do Hamas, que  deixaram cerca de 1,2 mil israelenses mortos e desencadearam uma guerra contra o grupo fundamentalista islâmico, que matou mais de 34 mil na Faixa de Gaza.

O militar demissionário deve continuar comandando o serviço secreto israelense somente até a designação de seu substituto. E escreveu uma carta na qual admite que a inteligência militar “não cumpriu a tarefa que lhe foi confiada”. E disse carregar consigo aquele dia obscuro. “Dia após dia, noite após noite. Levarei para sempre comigo a terrível dor da guerra”, afirmou.

O líder da oposição israelense, Yair Lapid, aproveitou a ocasião para cobrar a renúncia do premiê Benjamin Netanyahu, criticado internamente por não conseguir resgatar os reféns sequestrados em 7 de outubro. “A saída do chefe da inteligência militar é justificada e honrada. Seria oportuno se Netanyahu fizesse o mesmo”, disse. (Com ANSA)

Reportar Erro