Cobiça internacional

Bolsonaro defende que países da Amazônia lutem por soberania

Países da região amazônica reuniram presidentes nesta sexta, com Bolsonaro por videoconferência

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Presidentes dos países que fazem parte da região Amazônica e representantes dos povos indígenas participaram, nesta sexta-feira (6), de uma reunião em busca de meios de preservar a floresta, após os incêndios registrados na últimas semanas. A reunião de cúpula durou cerca de 3h30 e ocorreu na cidade de Leticia, na Colômbia, na fronteira com o Brasil e com o Peru. E o presidente Jair Bolsonaro, através de videoconferência, criticou o excesso de demarcações de terras indígenas no Brasil, que abrangem 14% do território nacional, e ressaltou que há uma ameaça em curso à soberania dos países da região por parte de grandes potências, como a França.

“Só dessa forma, com a nossa união, sem nenhum momento ceder a qualquer tentação externa de deixar sob administração de terceiro a nossa área, é que nós podemos fazer com que essas riquezas revertam em forma de benefícios, em forma de bem-estar para os nossos povos. Temos, sim, a nossa região Amazônica ameaçada. Porque não dizer dessa forma, essas enormes áreas indígenas que temos no Brasil”, afirmou o presidente, se referindo às críticas recentes do presidente do país europeu, Emannuel Macron, contra queimadas e devastação da Amazônia.

Bolsonaro disse que há um forte interesse internacional nos recursos minerais da Amazônia e, por isso, os governos dos países devem reforçar e defender o controle do território.

“Sim, pensamos no índio, pensamos no meio ambiente, no mosquitinho, pensamos na cobra, no peixe, em tudo isso, mas o que outras pessoas do mundo querem, na verdade, é se apoderar dessas riquezas, desses recursos e minerais que não existem mais em abundância ou com tanta sobra em outros países”, disse.

Como resultado do encontro, o governo colombiano deverá divulgar um documento que está sendo chamado de “Pacto de Letícia pela Amazônia”, com uma série de medidas a serem executadas pelos governos da região para enfrentar os problemas dos desmatamentos e das queimadas na floresta.

Participaram do encontro sete dos oito países cobertos pela Amazônia, entre eles os presidentes Iván Duque (Colômbia), Martín Vizcarra (Peru), Lenín Moreno (Equador) e Evo Morales (Bolívia), além de representantes da Guiana e do Suriname. Nenhum representante da Venezuela foi ao encontro. Bolsonaro fez videoconferência por não poder viajar por restrição médica, já que vai se submeter a uma cirurgia neste domingo (8), para remoção de uma hérnia incisional. (Com informações da Agência Brasil)

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