Após anos os EUA evitando o assunto, Biden reconhece genocídio na Armênia

Agora, para os EUA, foi genocídio a morte de 1,5 milhão de armênios pelo Império Otomano, há um século

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Escavadores encontram restos mortais de vítimas do genocídio armênio em Der Zor, 1938 - Foto: Armenian Genocide Museum Institute.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reconheceu oficialmente neste sábado (24) como genocídio os assassinatos em massa de armênios, pelo Império Otomano, há mais de um século.

O anúncio do governo norte-americano sinaliza a disposição de colocar em xeque a relação cada vez mais desgastada com a Turquia, há muito anos um aliado regional e parceiro importante no âmbito da Otan.

“A cada ano, neste dia, lembramos a vida de todos aqueles que morreram no genocídio armênio da era otomana e nos comprometemos a evitar que tal atrocidade ocorra novamente”, disse Biden em um comunicado divulgado no 106º aniversário de o início de uma campanha brutal do ex-Império Otomano que matou 1,5 milhão de pessoas.

“E nos lembramos para que permaneçamos sempre vigilantes contra a influência corrosiva do ódio em todas as suas formas”, concluiu o presidente dos EUA.

A declaração de Biden tenta reafirmar o compromisso de seu governo com os direitos humanos. É também uma ruptura com os antecessores de Biden, que relutavam em irritar um país de importância estratégica e hesitavam em direcionar sua liderança para adversários americanos como a Rússia ou o Irã.

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