Preso em Tóquio

Acusado de fraudes financeiras, Carlos Ghosn é destituído da diretoria da Nissan

Depois de ficar preso por 100 dias, Ghosn chegou a ser solto, mas já retornou à prisão

acessibilidade:
Schelb afirmou que há 27 anos ministra cursos, palestras e treinamento em escolas do país Foto Antonio Augusto

Acusado de fraudes financeiras no Japão, o empresário franco-brasileiro Carlos Ghosn, de 64 anos, foi destituído da diretoria da Nissan. No passado, ele ocupou a presidência da montadora. Com a destituição, o executivo encerra quase duas décadas na empresa.

Em uma reunião extraordinária de acionistas, o presidente e CEO da Nissan, Hiroto Saikawa, pediu desculpas pelo escândalo que levou Ghosn à prisão, por várias acusações de irregularidades financeiras.

Saikawa disse que, independentemente dos ilícitos, levará suas responsabilidades “extremamente a sério”. Ele reiterou que se esforçará para restaurar a confiança do público na montadora.

Porém, na reunião, as manifestações de Saikawa não foram suficientes. Acionistas pediram aos gerentes que também assumissem mais responsabilidade.

Nomeação

O presidente da Renault, Jean-Dominique Senard, foi escolhido pelos acionistas como novo membro do conselho. Com a nomeação, a Nissan tentará iniciar um capítulo pós-Ghosn.

O conselho também exonerou Greg Kelly, ex-assessor de Ghosn, que também foi acusado de irregularidades financeiras. Ghosn e Kelly negam todas as acusações contra eles.

Acusações

Ghosn ficou preso por mais de 100 dias em Tóquio, sob a acusação de fraudes financeiras. Após negociar com a Justiça, ele pagou fiança e foi colocado em prisão domiciliar. No entanto, recentemente, retornou à prisão. (ABr)

Reportar Erro