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Acusada de ‘passar pano’ para a China, Bachelet não volta para segundo mandato

Alta-comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos anunciou que não vai tentar a reeleição para a boquinha na ONU

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Governo enviou mensagem direta protestando contra o ativismo e exigindo que Bachelet apresente provas dos dados usados para criticar o Brasil. Foto: Valter Campanato/EBC

Alta-comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Michelle Bachelet, anunciou nesta segunda-feira (13) que não vai tentar a reeleição ao cargo, após o fim do seu mandato em 31 de agosto.

Bachelet, que é ex-presidente do Chile, tem recebido fortes críticas por sua atuação em relação ao tratamento dado pelo governo da China aos uigures e outras minorias muçulmanas. Ela visitou o país e nada disse sobre o tratamento desumano às minorias étnicas. Na China, não existe liberdade religiosa.

Este mês, centenas de organizações de direitos humanos exigiram a demissão da chilena, acusada de passar pano para o partido comunista chinês em relação às atrocidades sofridas por minorias na China, como prisões em massa e abusos em Xinjiang, território autônomo habitado por várias minorias étnicas, principalmente os uigures.

Segundo estimativas de organizações de direitos humanos, mais de um milhão de pessoas estão presas em “campos de reeducação” na China simplesmente por serem adeptos da religião muçulmana. Cabe ao Partido Comunista determinar quais religiões são “autorizadas” no país.

“No momento em que o meu mandato chega ao fim, esta 50ª sessão do Conselho será a última em que falarei”, afirmou Bachelet na sessão de abertura do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, nesta segunda-feira (13) em Genebra (Suíça).

Mais uma vez, ela não mencionou o caos na China, mas lembrou de “alertar” sobre eleições no Brasil.

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