Clubes se manifestam contra impacto da Reforma Tributária no futebol
Clubes alertam para o risco de aumento de custos e prejuízos ao modelo de gestão esportiva
Em comunicado divulgado nesta terça-feira (17), os clubes brasileiros, representados por suas diretorias, expressaram preocupação com os impactos da Reforma Tributária. O texto, compartilhado em suas redes sociais oficiais, ressalta que as mudanças propostas podem comprometer o futuro financeiro das entidades esportivas e do futebol nacional.
A publicação feita pelo Botafogo, em nome dos clubes, destacou que as alterações previstas na legislação ameaçam o modelo de gestão dos clubes-empresa, além de aumentar a carga tributária sobre atividades que já enfrentam desafios econômicos e sociais.
“A reforma, como está, desconsidera as especificidades do setor esportivo, que desempenha um papel essencial na sociedade, não só como entretenimento, mas como promotor de saúde, educação e inclusão social”, afirma a nota.
Declaração dos clubes brasileiros de futebol referente à Reforma Tributária (PLP 68/2024). #BFR pic.twitter.com/XHCwefyxI8
— Botafogo F.R. (@Botafogo) December 17, 2024
Os clubes afirmam que a mudança tributária pode afetar diretamente a contratação de jogadores, investimentos em categorias de base e até mesmo a manutenção de estádios e centros de treinamento. Com o aumento de custos, o risco de falência entre pequenas e médias equipes também foi levantado como uma preocupação central.
Em defesa, os representantes pedem ajustes na proposta para garantir que o futebol continue gerando emprego e movimentando a economia brasileira. Eles sugerem medidas que protejam a sustentabilidade financeira dos clubes, especialmente os que adotaram o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), cujo funcionamento é diretamente influenciado pela estabilidade fiscal.
Além do comunicado público, os clubes informaram que estão em contato com parlamentares e representantes do governo para debater emendas ao projeto. Uma reunião entre dirigentes esportivos e políticos está prevista para os próximos dias, com o objetivo de encontrar alternativas que equilibrem a arrecadação do Estado e a viabilidade econômica do futebol.