Professora do Mackenzie diz o que esperar do mercado financeiro em 2022
O ano de 2022 promete emoções, avalia Thaís Cíntia Cárnio
Certamente 2021 foi um ano intenso para a grande maioria das pessoas e a proximidade de seu término gera conforto ao coração. Sem querer azedar o clima de festa, convém trazer à baila algumas questões que nos remetem à realidade mais tangível.
Uma delas é a natural tensão que acompanha os anos das eleições presidenciais. Bem verdade que já temos sinais do que nos aguarda, pois, a discussão sobre a polarização dos candidatos e a tão aguardada terceira via já faz parte do nosso cotidiano. Ainda assim, surpresas são frequentes.
Nesse cenário de turbulência à vista, o mercado de ações é fortemente afetado por discursos e promessas. Ainda assim, a tendência é que as ações das Fintechs se consolidem como uma boa alternativa de investimento, pois essas instituições se sagraram bem-sucedidas ao lidar com oscilações e notícias inesperadas. Muito disso se deve ao seu tamanho, que permite rápido processo decisório em comparação com todos os meandros que devem ser percorridos pelas deliberações nos grandes bancos.
Paralelamente, a gratuidade trazida pelo PIX promete ampliar para outras modalidades de transações, tornando o mercado ainda mais competitivo. Isso sem contar os efeitos do compartilhamento de informações resultante do Open Finance, propiciando mais ofertas e alternativas aos consumidores bancários.
O campeonato que tem como prêmio o ganho do mercado consumidor de serviços bancários está apenas começando, e os grandes bancos não ocupam lugar de destaque na economia nacional à toa: eles conhecem bem as regras do jogo.
Somando tudo, o ano de 2022 promete emoções. Particularmente fico feliz em encerrar 2021, esperançosa pela melhora efetiva em nossa economia, porém consciente das peculiaridades do nosso país. Enfim, posso resumir dizendo que sou uma realista com viés de alta.