Acordo encerra ‘barraco’ e torna Paula Belmonte candidata a deputada distrital
Deputada federal, que estava fora da eleição, sofreu "downgrade"

Um acordo acabou com uma briga na Federação PSDB-Cidadania que atrapalhou a candidatura do senador tucano Izalci Lucas ao governo do Distrito Federal e deixou de fora da disputa até à reeleição a deputada Paula Belmonte.
O acordo resultou em requerimento protocolado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) pelo qual Izalci, como presidente da Federação, comunica a substituição da candidata a deputada distrital Daiane Bispo dos Santos por Belmonte.

Documento em que Izalci, por seu advogado, sacramenta o acordo.
Na prática, a deputada federal que armou o maior barraco no PSDB, brigando inclusive com Izalci, porque reivindicava a candidatura de governadora, sofreu um “downgrade” para disputar vaga na Câmara Legislativa do DF (CLDF).
A confusão foi acompanhada pelo Diário do Poder, que documentou o inconformismo da deputada Paula Belmonte com a votação em que foi derrotada, na tentativa de disputar o governo do DF pela Federação PSDB-Cidadania.
O clima ficou tão tenso, em clima de “barraco”, que dirigentes tucanas registraram boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia alegando terem sido ameaçadas pelo marido da deputada, o controvertido empresário Luiz Felipe Belmonte.
Pelo acordo, Belmonte desiste de todas as ações judiciais e demais questionamentos das candidaturas majoritárias e proporcionais (deputados distritais e federais) da Federação PSDB-Cidadania e, em contrapartida, ganha o direito de disputar vaga na Câmara Legislativa do DF no lugar de Daiane Bispo dos Santos.
Não ficou claro, no acordo, qual a compensação a ser concedida à candidata que abriu mão de sua posição na chapa proporcional.
Barraco e atestado psiquiátrico
Um dos fatos mais curiosos se deu com a recusa de Paula Belmonte de participar de reunião convocada por Izalci para tentar resolver o impasse.
Para justificar sua ausência na reunião, a deputada apresentou atestado assinado por um médico em papel timbrado de uma clínica em Planaltina na qual ele não trabalhava havia seis meses. Mas o que pegou mal mesmo para Paula Belmonte foi a alegação do médico, que disse estar a parlamentar acometida de problemas psiquiátricos.
Em razão de toda essa confusão, a deputada acabou sobrando, na definição da chapa de candidatos a cargos proporcionais, e não registrou candidatura a qualquer cargo. Esse problema foi desfeito agora, com esse acordo, digamos assim, miraculoso.