Perderam de novo

STJ nega recurso contra derrota de irmãos Batista no caso Eldorado

Grupo da dupla recorre de todas as derrotas para não entregar empresa que vendeu

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Joesley Batista, controlador J&F, quando era conduzido preso pela Polícia Federal, em setembro de 2017 - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil.

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nancy Andrighi negou dois recursos especiais da J&F, holding dos irmãos Batista, no caso da venda da Eldorado Brasil Celulose para a Paper Excellence.

A ministra negou a cassação do julgamento de 1ª instância do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que manteve a decisão da arbitragem e autorizou a transferência de 100% das ações da Eldorado Celulose à Paper.

Os Batistas queriam a anulação em definitivo da sentença da juíza Renata Maciel, da 2ª Vara Empresarial e de Conflitos de Arbitragem. Mas, em vez disso, Nancy determinou nesta terça-feira (29) que o Grupo Especial da Seção do Direito Privado do TJ-SP julgue o mérito da Reclamação da J&F, que já tinha sido negada.

Na outra decisão, a ministra confirmou a escolha do Tribunal paulista sobre o relator competente do julgamento relacionado ao pedido da J&F de anulação da arbitragem, que deu vitória à Paper Excellence. O relator, Franco de Godoi, já deu seu voto negando a anulação da sentença arbitral e também pela condenação da J&F por litigância de má-fé.

Nancy ressaltou que, ao longo do processo, a J&F adotou uma postura contraditória no decorrer do processo, ao mudar de entendimento sobre qual desembargador deveria ser o relator do processo de apelação. “Viola a boa-fé a adoção de condutas contraditórias da parte processual, de modo a alterar suas posições sobre as teses debatidas nos autos, em conflito com os argumentos por ela anteriormente levantados, com o nítido propósito de aproveitar as conveniências de cada momento processual”, afirmou.

A ministra deve julgar ainda uma liminar do ministro Mauro Campbell, também do STJ, que, a pedido da J&F, suspendeu o julgamento definitivo na segunda instância do TJ-SP, que já conta com dois votos favoráveis à Paper no caso Eldorado Celulose.

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