Economia

DF é 2ª unidade da Federação com menor índice de informalidade

Estudo 'Trabalho Informal no Distrito Federal' foi apresentado nesta terça

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O estudo Trabalho Informal no Distrito Federal, apresentado nesta terça-feiras (22) pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF), observa como o mercado de trabalho se dividiu entre formal e informal e como a evolução desses grupos se deu ao longo do tempo. A situação foi avaliada em diferentes grupos sociais.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostra que a capital do Brasil passou da segunda unidade com menor número de trabalhos informais para a quarta, entre 2018 e 2022. O resultado faz o DF estar no grupo com menor informalidade, junto a estados da região Sul (Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul) e do Sudeste (São Paulo).

Entre 2020 e 2022, a informalidade na capital aumentou 5,2 pontos percentuais, ao passar de 28,6% para 33,8%, no segundo trimestre deste ano. A justificativa para tal índice é a crise sanitária que, instaurada no país no primeiro ano da comparação, afetou direta e fortemente o mercado de trabalho. Essa evolução, assim como em outros lugares do país, foi influenciada pelo comportamento da economia nacional.

Quedas

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que, em sua série histórica, houve duas fortes quedas do número de informais: 2015-2016 e 2020-2021. A diferença é que, na primeira, o número de informais retomou o patamar anterior. Já a segunda registrou aumento do número de informais além do patamar histórico.

Park Way registra 8,18% de índice de informalidade, número só observado em países ricos

Os homens são os mais afetados pela informalidade. Cerca de 34,6% das pessoas do sexo masculino estão em situação informal, enquanto as mulheres são 33%, de acordo com dados da Pnad Contínua. Esse padrão também foi observado na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), 28,3% e 26,3% entre homens e mulheres.

As mulheres possuem menor participação nessa taxa devido ao seu nível de escolaridade, pois elas são maioria entre as pessoas que completam o segundo grau de ensino. Há também uma diferença substancial entre informais negros (cerca de 29%) e brancos (aproximadamente 13%) na capital.

Entre as regiões administrativas (RAs), também há registro de desigualdade espacial. As RAs com maior informalidade, como SCIA, Itapoã, São Sebastião, Fercal e Varjão, chegam a 40% de informais, enquanto o Park Way, região com menor nível avaliado, tem apenas 8,18%, índice observado apenas em países ricos.

A alta informalidade se concentra nas atividades não especificadas – que concentram 61,2% das pessoas -, seguida de construção (57,5%) e serviços domésticos (45,2%). Do grupo de baixíssimo índice de informalidade fazem parte as áreas da administração pública (5,13%), educação e saúde (11,1%) e comunicação e atividades financeiras (11,2%).

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