BC reforça piora das expectativas de inflação ao justificar alta da Selic
Copom elevou a Selic para 12,25% e avisou que vai a 14,25% em dois meses
O Banco Central reforçou o tom duro da decisão do seu Conselho de Política Monetária Compom) ao divulgar a ata com maiores detalhes da reunião que elevou os juros em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano, e sinalizou mais dois aumentos de 1 ponto nas próximas reuniões.
A decisão do Copom foi adotada pela unanimidade dos seus integrantes, incluindo Gabriel Galípolo e demais indicados pelo governo petista de Lula.
Ata ofereceu mais detalhes sobre a piora das expectativas de inflação, justificando a reação mais forte da autoridade monetária ao apontar que o o cenário para a variação de preços mostra-se pior em vários aspectos, como o real mais fraco, a economia mais aquecida e a inflação maior, na avaliação de Caio Megale, economista-chefe da XP, para área de notícias daa página daa B3.
“O Comitê dedicou considerável espaço na ata para descrever a tendência desfavorável desses fatores”, observou Megale, que ressaltou ainda o fato de o Copom ter destacado que elevou a taxa de juros neutra (que não aquece nem desaquece a economia) de 4,75% para 5%. “Isso constitui uma razão adicional para uma taxa Selic mais elevada no curto prazo, mantendo-se os demais fatores constantes.”