Petrobras aprova venda de até 100% ações da Braskem em oferta pública
Braskem está avaliada na B3 em R$ 42,7 bilhões e iniciará estudos para migrar para Novo Mercado
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou modelo para vender “até 100% das ações preferenciais” que a petroleira detém na Braskem. A informação foi noticiada pela Petrobras nesta quinta-feira (16). E a venda ocorrerá “por meio de oferta(s) pública(s) secundária(s) de ações (follow-on)” em conjunto com a Novonor (antiga Odebrecht), segundo o comunicado.
A Braskem está avaliada em R$ 42,7 bilhões, na bolsa B3. E lida com a responsabilidade de reparação bilionária dos danos do desastre geológico em Maceió, decorrente da mineração de sal-gema operada pela empresa, que levou destruição a cinco bairros da capital alagoana, com cerca de 40 mil vítimas de afundamento do solo, rachaduras e tremores de terra.
“Esta operação está alinhada à gestão do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor e maior retorno à sociedade”, acrescentou a Petrobras.
A Petrobras disse ainda que celebrou termo com a Novonor que estabelece diretrizes com o objetivo de migração da Braskem para o Novo Mercado, nível mais elevado de governança corporativa da bolsa B3.
Petrobras e Novonor solicitarão que a Braskem realize os estudos e análises necessários sobre a migração, a qual deve compreender a realização de determinados atos, dentre eles, as adaptações necessárias de governança com as respectivas aprovações societárias.
Segundo o comunicado, Petrobras e Novonor firmaram também um aditamento ao atual acordo de acionistas da Braskem, prevendo futura alteração da disciplina do direito de preferência da Braskem em novos negócios no setor petroquímico.
Ainda de acordo com a Petrobras, todos os atos necessários para realização da oferta pública de ações estarão sujeitos à aprovação dos órgãos internos da estatal, “notadamente quanto ao preço e percentual efetivo das ações a serem ofertadas, bem como à análise e à aprovação dos respectivos órgãos reguladores, nos termos da legislação aplicável”.
Histórico da Braskem
O conglomerado Novonor, antes conhecido como Odebrecht, retomou a venda do controle acionário da Braskem em abril, mas até agora não encontrou comprador. Em agosto, a Petrobras contratou o JPMorgan como assessor para vender sua participação na petroquímica.
A Braskem foi criada em 2002 em um processo de consolidação da indústria petroquímica brasileira. Atualmente, a Novonor detém 50,1% das ações com direito a voto da Braskem, enquanto a Petrobras detém 47% das ações votantes da companhia. O restante está distribuído entre investidores que detém ações da empresa na bolsa de valores. (Com informações do G1)