Aporte financeiro

FCA anuncia investimentos de R$ 8.5 bilhões na fábrica de Betim, em Minas Gerais

Parte do valor será destinado para a fabricação local de motores turbo

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Anuncio de investimentos na fábrica de Betim (MG) da Fiat/FCA. Fotos: Geison Guedes/Diário Motor

A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) aumentou em mais R$ 8.5 bilhões os investimentos do grupo no Brasil. Com isso, o valor total destinado a melhorias das marcas Jeep e Fiat brasileiras no período de 2018 a 2024 chegam a R$ 16 bilhões.

Em cerimônia realizada na fábrica de Betim (MG) — com a presença do chairman do grupo, John Elkann, do CEO mundial da FCA, Mike Manley e do governador de Minas Gerais, Romeu Zema — o presidente da FCA América Latina, Antonio Filosa, divulgou que a marca irá, finalmente, produzir os esperados motores turbos no Brasil.

Segundo o CEO mundial do grupo, a FCA sempre acreditou no Brasil. Manley, afirma que a empresa enxerga com grande otimismo o empenho do governo em aprovar as reformas estruturais, importantes para a retomada do crescimento econômico brasileiro.

“Fiz questão de visitar o Brasil neste momento para reforçar nossa confiança na agenda das reformas e confirmar os investimentos adicionais em Betim, que é uma planta em que temos investido muito nos últimos anos por sua importância estratégica para as operações da FCA na região”.

Parte do investimento, cerca de R$ 500 milhões, será destinado para melhorias na planta de motores da fábrica mineira. A previsão é que a produção dos novos propulsores turbo inicie no segundo semestre do ano que vem. Segundo o grupo, cerca de 1,2 mil empregos serão gerados com o novo aporte.

Os motores

Os motores turbo serão de três e quatro cilindros

Os novos propulsores são da família Firefly, de três e quatro cilindros (1.0 e 1.3 litros). Além da turboalimentação, eles terão tecnologia flex para rodar tanto com gasolina quanto com etanol. Inicialmente chamados de T3 e T4, esses motores irão equipar as versões topo de linha dos veículos da Jeep e da Fiat, os atuais e os futuros.

O grupo divulgou poucas informações técnicas dos propulsores. O que se sabe é que eles terão bloco de alumínio, câmara de combustão com quatro válvulas por cilindro, injeção direta de combustível, controle eletrônico das válvulas de admissão, sistema de arrefecimento misto água/ar, bomba de óleo a cilindrada variável e turbo controlado eletronicamente. Potência e torque não foram divulgados.

Com o novo aporte, a FCA garante uma produção de 100 mil motores, apenas dos turbinados, por ano. Isso inicialmente, a planta terá capacidade para ampliação. Uma novidade é que, esses propulsores não só alimentarão o mercado brasileiro, mas como também o latino-americano e o europeu.

O conceito Fastback servirá de base para os futuros SUVs da marca.

De acordo com Antonio Filosa, o Brasil disputava com outros países a possibilidade de abrigar a nova fábrica de motores. “Os sólidos resultados apresentados pela América Latina nos últimos trimestres, o potencial de crescimento do nosso mercado e, em especial, a versatilidade e alta qualificação da mão-de-obra brasileira foram fatores fundamentais para trazer esse investimento ao Brasil”.

A companhia programa 25 lançamentos até 2024 — entre novos modelos, atualizações de veículos em linha e séries especiais. Em Betim, está planejada a produção três novos modelos a partir de 2020. Dois deles marcam a entrada da Fiat no segmento de SUVs, que é o que mais cresce no mercado brasileiro e mundial. Eles serão baseados no conceito Fastback apresentado no último Salão do Automóvel de São Paulo.

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