Programa estimula a competitividade das pequenas indústrias

Brasília ? É cada vez maior o número de indústrias de pequeno porte que investem em ações coletivas para agregar valor à produção, aumentar a sua produtividade e conquistar novos mercados. Mais de 7,4 mil empresas dos mais diversos segmentos industriais já participaram do Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi), uma parceria entre o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para torná-las mais competitivas no mercado.

Os resultados desse trabalho serão discutidos durante o Encontro de Gestores do Procompi, com a presença de representantes do Sebrae e da CNI de 24 estados e do Distrito Federal entre os dias 15 e 17 de outubro, em Fortaleza (CE). O programa está em seu quarto convênio desde sua criação, em 2000. A atual edição do programa, em vigor desde 2010 e com encerramento previsto para maio de 2015, responde por 116 projetos estaduais que atendem cerca de 2,6 mil empresas.

O encontro de Fortaleza servirá para alinhar o andamento dos projetos nos estados, discutir os resultados obtidos, além de apresentação de cases de melhores práticas em temas estratégicos para o convênio. Cada edição do Encontro Procompi ocorre em um estado diferente para aproximar os gestores estaduais e permitir troca de experiências.

Os projetos são avaliados e selecionados por um comitê nacional de acordo com as especificidades do negócio e conforme as necessidades de cada região. Com foco na competitividade, os projetos apresentados no Procompi têm como foco principal a inovação, o meio ambiente e o associativismo.

?Unir forças para garantir ganhos de competitividade à indústria nacional é um desafio estratégico para o Brasil na atualidade e o Procompi contribui para mudar a realidade das empresas participantes desse programa?, disse o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. Ele vai participar da abertura do encontro em Fortaleza junto com o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi.

Mudança pra melhor

Empresas dos mais diferentes segmentos da indústria já se beneficiaram ou ainda participam do programa. É o caso da Elon Móveis de Design. Com sede em Petrópolis (RJ), o negócio foi criado em 2013, a partir de uma empresa familiar que já atuava há 28 anos no mercado de móveis.

De acordo com um dos sócios, Rogério Noel, o design passou a fazer parte de um novo momento da empresa, depois da participação da Elon na Oficina de Design promovida em 2013, no âmbito do Procompi, por meio de uma parceria entre o Sebrae no Rio de Janeiro e a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Atualmente, a Elon se prepara para novembro o lançamento de uma segunda linha de produtos.

?O Procompi despertou a vontade de participar desse segmento de design não para abrir uma empresa nova, mas para aperfeiçoar o que já era feito. Nossa empresa é focada em móveis assinados por designers brasileiros. Temos explorado o design carioca com móveis de valor agregado e alto valor, como poltronas, racks e bufês para salas de estar. No futuro, podemos abranger móveis para outros ambientes?, projeta Rogério.

Já a Vila Madera Marcenaria, também do segmento mobiliário e com sede em Curitiba (PR), aproveitou as oportunidades criadas pelo Procompi para aumentar a produção e melhorar a gestão dos negócios. De acordo com a proprietária da empresa, Karine Mafra Zablonski, a consultoria viabilizada pelo Sebrae no Paraná e a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), no âmbito do Procompi, fez com que houvesse aumento entre 30% a 40% na produção.

?Recomendo a todo pequeno empreendedor como eu, que tenho uma fábrica com 270 m², a fazer esses cursos e consultorias para melhorar sua gestão, planejamento e aprender a olhar para o futuro. Outras 25 empresas da região metropolitana de Curitiba, inclusive empresas maiores do que a minha e com mais de 30 anos de mercado, também participaram do Procompi e tiveram retorno significativo?, revela a empresária.

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