Assassino da própria filha, Nardoni lê livros e pode deixar cadeia para curtir regime aberto
Seu tempo de pena foi reduzido em quase mil dias após o detento realizar trabalhos na penitenciária e ler livros
O assassino Alexandre Nardoni, condenado em 2008 a mais de 30 anos por matar a própria filha, Isabella Nardoni, poderá cumprir o resto de sua pena em regime aberto a partir de 6 de abril deste ano (2024). Seu tempo de pena foi reduzido em quase mil dias após o detento realizar trabalhos na penitenciária e ler livros. Essas atividades constam no Código Penal como redutoras de pena.
Desde 2019, Nardoni vem cumprindo sua pena no modelo semiaberto, que lhe dá o direito de realizar trabalhos fora do presídio com o intuito de ressocialização. Alexandre atua na produção de mesas e cadeiras escolares, fechaduras e pastilhas desinfetantes para vaso sanitário na Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap).
Já Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, compareceu no programa Encontro, da Rede Globo, nesta terça-feira (12) e contou à apresentadora Patrícia Poeta que: “Como mãe e até em memória da minha filha, a gente sabe que vai acontecer, mas não espera que isso aconteça”.
“Graças a Deus, a Justiça na época foi feita e eu tive essa oportunidade, porque a gente sabe quantos casos hoje isso não acontece. Mas é bem pouco tempo, 16 anos, para o tamanho do crime que aconteceu. E saber que minha filha não vai voltar, saber que minha filha não tem essa oportunidade. Ela não vai voltar, ela não vai viver”, relembrou a mãe.
A cúmplice de Nardoni no crime, Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella, foi condenada a 26 anos de prisão e já cumpre sua pena em regime aberto desde junho de 2023. As regras desse modelo de pena não dão o direito a atividades como eventos noturnos e viagens a outros municípios. A Justiça já concedeu, em mais de uma ocasião, exceções para que ela participasse, por exemplo, da formatura do filho.