Mercado em pânico

Dólar ultrapassa R$ 5 pela 1ª vez, mas reduz alta após ação do Banco Central

Moeda norte-americana teve salto de 6% na abertura

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Foto: Fotos Públicas

O dólar abriu em forte alta de 6% nesta quinta-feira, 12, e passou dos R$ 5 pela 1ª vez na história, mas desacelerou a alta e passou a ser cotado ao redor de R$ 4,90 após ação do Banco Central. Às 11h37, a moeda norte-americana subia 3,63%, a R$ 4,8930.

Para conter a moeda, o Banco Central ofereceu US$ 2,5 bilhões das reservas em leilão à vista, mas houve demanda para apenas US$ 1,28 bilhão neste começo de pregão.

A alta acontece após a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter classificado o surto de coronavírus como uma pandemia e depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, proibiu viagens da Europa para os Estados Unidos por 30 dias.

Com o salto desta quinta, o avanço no ano chega a 22%.

Na véspera, o dólar encerrou o dia a R$ 4,7215, em alta de 1,65%. Na semana, o dólar acumulou até o leilão de quarta-feira alta de 1,88%. Na parcial do mês, o avanço é de 5,37%.

Pesava também no mercado de câmbio nesta quinta a derrota sofrida pelo governo no final da tarde de quarta-feira, após o Congresso Nacional derrubar o veto presidencial a projeto que amplia o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), com impacto estimado em cerca de R$ 20 bilhões já no primeiro ano.

Em razão do impacto orçamentário da medida, o mercado enfrenta agora outro vetor de risco, do lado fiscal brasileiro, o que aumenta as incertezas sobre as relações entre Executivo e Legislativo, e sobre o ritmo de recuperação da economia brasileira.

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