Circuit Breaker

Dólar dispara e atinge R$ 4,79; Bovespa desaba 10% e interrompe negócios

Coronavírus e guerra de preços do petróleo derrubam ações

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O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, desabou 10% logo na abertura desta segunda-feira (9), atingindo mínimas em mais de 1 ano, o que provocou a interrupção das negociações. Às 11h17, o Ibovespa caía 9,73%, a 88.463 pontos.

Às 10h32, o índice registrou queda de 10,02%, recuando a 88.178 pontos, quando as negociações foram interrompidos por 30 minutos. Trata-se do menor patamar intradia desde 2 de janeiro de 2019, quando o índice chegou a 87.535 pontos. O risco-país tem alta recorde. Os juros futuros sobem.

É o primeiro circuit breaker desde o episódio conhecido como Joesley Day, em maio de 2017.

O Ibovespa já iniciou o pregão abaixo dos 90 mil pontos, acompanhando o exterior. Na Ásia e Europa, os principais índices de ações derretem em dia de pânico nos mercados globais após o tombo preços do petróleo adicionar mais um componente de turbulência, elevando os temores de uma recessão global. Pesam neste início de semana a decisão do governo da Itália de colocar 16 milhões de pessoas no norte do país em quarentena devido ao coronavírus.

O dólar abriu nesta segunda em forte alta. Chegou a bater R$ 4,7940, mas teve a disparada parcialmente contida pela venda de US$ 3 bilhões de reservas pelo Banco Central – o triplo do inicialmente previsto. O plano, na sexta-feira, era vender US$ 1 bilhão.

Economistas agora aguardam medidas do governo brasileiro para amenizar o impacto da crise. Nesta manhã, o FMI (Fundo Econômico Mundial) recomendou aos governos do mundo que sejam ágeis na adoção de planos para evitar que o corona vírus tenham efeitos prolongados de retração econômica. Sugeriu medidas como aumento do crédito e liberação de seguro-desemprego.

O risco-país, medido pelo contrato de CDS (Credit Default Swap) sobe 34%. Retornou ao patamar de janeiro de 2019. O salto, em termos percentuais, está em linha com os 34% registrados em 2002. A outra alta expressiva e fresca na memória do investidor ocorreu no Joesley Day, em maio de 2017. O avanço havia sido de 29%. (Com informações da Folhapress)

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