Interferência política e inflação

Pacheco: Autonomia do BC é conquista, mas não poder absoluto

Presidente do Congresso também cobrou redução gradativa da taxa básica de juros

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Presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco. Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal
Presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco. Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) defendeu, segunda-feira (22), a autonomia do Banco Central como “uma conquista importante para o Brasil” não deixar o órgão sujeito a interferências políticas. Mas ponderou que tal condição não dá à instituição “um poder absoluto”. Durante evento promovido pela Folha de S. Paulo, Pacheco cobrou da autoridade monetária a “redução gradativa da taxa básica de juros”, ao citar dever do BC com a população..

“Considero a autonomia do Banco Central uma conquista importante do Brasil nos tempos modernos, em que a autonomia e a prevalência da técnica são algo importante para se evitar interferências políticas por vezes indesejáveis. Isso não significa um poder absoluto”, afirmou o senador que preside o Congresso Nacinal.

Para Pacheco, o BC que tem sido alvo de críticas do presidente Lula (PT) tem compromisso com a solidez do sistema financeiro e com a estabilidade da moeda brasileira, o Real. Mas ressaltou que a instituição presidida por Roberto Campos Neto também tem dever de zelar pelo bem-estar da população e o pleno emprego.

“É compromisso do Banco Central compreender o momento em que estamos vivendo e promover a redução gradativa da taxa básica de juros”, cobrou o Pacheco, no evento denominado “Dois anos de autonomia do Banco Central: lições para futuro”.

Novo marco fiscal

O parlamentar mineiro afirmou que o Senado atuará com a maior agilidade possível para votar o projeto do o novo arcabouço fiscal, ainda neste primeiro semestre. Mas não arriscou fixar data porque depende da votação que ainda tramita na Câmara dos Deputados, e reunirá os líderes para escolher o melhor procedimento.

“É importante que a Câmara aprecie o relatório do deputado Claudio Cajado [relator]. Se há a tendência de se manter ou não, é uma avaliação que vamos fazer depois que a Câmara decidir. Mas não tenho dúvida de que será aprovado na Câmara e no Senado. Em breve vamos ter um novo regime fiscal, que permitirá o aumento da arrecadação e que as despesas sejam sustentáveis para o Brasil voltar a crescer e a enfrentar seus problemas sociais”, antecipou o presidente do Senado.

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