Recorde de 15,1%

Ex-ministra exalta peso do agro na alta do PIB 2023, mas vê estagnação

Senadora Tereza Cristina considera preocupante que PIB cresceu zero no segundo semestre do ano pós-Bolsonaro

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Ministra Tereza Cristina (Agricultura). Foto: Marcelo Camargo
Senadora Tereza Cristina foi ministra da Agricultura do governo de Jair Bolsonaro. (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

A ex-ministra da Agricultura do governo de Jair Bolsonaro (PL), senadora Tereza Cristina (PP-MS), celebrou alta recorde de 15,1% do setor agropecuário, que garantiu o crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, divulgado nesta sexta-feira (1º). Mas a senadora alertou sobre o fato de a soma de todos os bens e serviços produzidos no país ter estagnado no segundo semestre, com crescimento zero. Em 2022, o PIB cresceu 3%.

Tereza Cristina considerou preocupante que o crescimento da economia brasileira tenha ficado totalmente concentrado no primeiro semestre de 2023. “Essa falta de dinamismo na economia brasileira é evidenciada também pela queda de 3% no investimento. Isso traz incertezas para a capacidade futura de produção e de criação de empregos neste ano”, avaliou a ex-ministra bolsonarista, nas suas redes sociais.

A senadora afirma que o impacto da alta de 15,1% do agro no total de R$ 10,9 trilhões do PIB de 2023 evidencia a alta competência do setor, com maiores crescimentos nas produções de soja e milho. E critica a inércia do governo de Lula (PT), ao afirmar já ter passado da hora para tomada de medidas contra problemas como a quebra de safra e de preços, que prejudicam o agronegócio brasileiro.

“O agro mostrou de novo que é campeão em gerar riqueza e segurança alimentar. Logo, precisa ser tratado como prioridade”, disse Tereza Cristina.

Os setores da indústria e de serviços também tiveram crescimento, respectivamente, de 1,6% e de 2,4%. E houve queda de 1,2% das importações, impactando negativamente os resultados.

No âmbito da demanda, a alta do PIB foi impulsionada pelas exportações (9,1%), pelo consumo das famílias (3,1%) e pelo consumo do governo (1,7%).

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