Luz no túnel

Vendas de motocicletas contribui para alta geral do setor automotivo em abril

Na comparação com março, automóveis e caminhões fecharam no vermelho e as motos no azul

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Vendas de motocicletas contribui para alta geral do setor automotivo em abril. Foto: Geison Guedes/DP.

Abril foi um mês de altos e baixos para a indústria automotiva brasileira. Entre os automóveis, caminhões, ônibus e implementos rodoviários houve uma pequena queda quando comparado com março, mas as motocicletas “salvaram” o mês, o que fez o mercado, no total, fechar com alta de 6,73%. 

Ao todo, abril emplacou 288.098 veículos, contra 269.927 de março, mesmo tendo três dias úteis a menos (o que também justifica a queda na maioria dos segmentos). As motocicletas contribuíram muito por esse dado positivo, no último mês, foram emplacadas 94.696 unidades, alta de 52,03% em relação a março (62.286). No acumulado do ano, o crescimento está em 9,11%, 300.243 contra 275.175 unidades. 

“O mercado de motocicletas continua aquecido e, em abril, houve uma boa regularização na produção, o que permitiu atender à parte da demanda reprimida do segmento, em que ainda pese problemas de abastecimento de peças e componentes, o que vem obrigando algumas fábricas a paralisarem seus turnos temporariamente”, avalia Alarico Assumpção Júnior, presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.

Na comparação com abril de 2020 a alta é exponencial em todos os segmentos, pois o período foi o primeiro mês fortemente impactado pela crise causada pela pandemia de Covid-19. Entre as motos, o crescimento foi de 235,15% (28.255 unidades). Entre os carros e comerciais leves, a alta foi de 219,22% (163.902 contra 51.344). Já entre os caminhões e ônibus, foi de 157,18% (11.218 contra 4.362 unidades). 

“Devemos considerar que abril do ano passado foi o pior momento da pandemia, quando apenas 89.668 veículos foram comercializados. Naquela oportunidade, muitas concessionárias estavam com seus showrooms fechados, por decretos estaduais e municipais, e as redes de concessionárias estavam se adaptando às vendas não presenciais, que hoje ocorrem com mais normalidade”, esclarece Alarico.

Comparado com março, automóveis e comerciais leves caíram 7,45% (177.097), mas no acumulado houve um aumento de 13,34%. Até agora, foram emplacadas 661.757 unidades, contra 583.850 do mesmo período do ano passado. Caminhões e ônibus caíram 8,77% (12.296) em relação a março e cresceram 38,1% no quadrimestre (41.245 contra 29.865).

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