Peugeot acha que Brasil é só SP e RJ e lança e-208 apenas nessas cidades
O elétrico, que para variar custa mais que deveria, acaba de ser apresentado, mas apenas consumidores dos dois estados poderão ter o modelo
Há pouco mais de um ano, quando lançou a nova geração do 208, a Peugeot mostrou também a versão eletrificada do hatch compacto. O modelo acaba de ser apresentado, mas não a nível nacional como deveria ser, apenas concessionárias das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro contarão com o e-208 GT neste primeiro momento.
A marca afirma que, até o início de 2022, outras cidades devem comercializar o pequeno elétrico, como Porto-Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e Recife. No entanto, o resto do país não tem nem previsão de contar com o e-208.
Visualmente falando, o elétrico é idêntico ao modelo à combustão.
Além de não lançar o modelo a nível nacional, para variar, a Peugeot pesou na mão na hora de decidir o valor do hatch elétrico. Chegando apenas na versão topo de linha, a GT, ele sairá por incríveis R$ 244.990 e ainda é preço especial de lançamento, ou seja, deve ficar ainda mais caro em breve.
Sabemos que carro elétrico, no geral, é caro por causa principalmente das baterias e da tecnologia empregada no veículo. Mas para se ter uma ideia, o mesmo e-208 custa 23.800 euros (R$ 149 mil) na França, ou seja, praticamente R$ 100 mil a menos do que aqui.
Para variar, o hatch elétrico custa mais do que deveria.
Lembrando que, atualmente, veículos elétricos não contam com a taxa de importação, apenas o IPI, ou seja, ele poderia muito bem custar algo em torno de R$ 180 mil, já pensando nos lucros e custos com transporte. No entanto, a marca não respondeu do porque dessa diferença tão discrepante.
A motorização elétrica do e-208 GT gera 100kW, ou seja, 136 cavalos de potência e 26,5kgfm de torque. Com isso, ele é capaz de ir do zero aos 100km/h em 8,3 segundos. Ele conta com três modos de condução, Eco (com foco na otimização da autonomia), Drive (indicado para os deslocamentos do dia a dia) e Sport (prioriza o desempenho, utilizando-se da potência e torque máximos).
O interior também é idêntico ao modelo à combustão.
Além disso, ele conta com o modo B Mode no câmbio, que atua de modo a garantir regeneração da bateria, otimizando a autonomia. O condutor pode escolher entre “moderado”, para sensações semelhantes às de um veículo a combustão, e “aumentado”, para uma desaceleração controlada pelo pedal do acelerador, o modo “one pedal”.
A bateria do e-208 tem 50kWh de capacidade, de acordo com a marca, a autonomia é de 340 quilômetros no ciclo WLTP. O plug do carregador é o Type 2, o mais comum do mercado, para corrente alternada (AC) e CCS-2, para corrente contínua (DC).
Os tempos de recarga vão de 24 horas a 30 minutos.
Segundo a francesa, o pequeno elétrico pode ter 80% da bateria carregada em menos de 30 minutos quando utilizando uma estação de recarga de 100kW. Em tomadas domésticas, de 220v ou 1,8kW, o tempo previsto é de 25 horas. Em estações rápidas, de 7,4kW ele vai de zero a 80% em seis horas, enquanto nas super rápidas de 11/22kW, o tempo de espera é de quatro horas.
Ainda na questão do preço especial de lançamento, a Peugeot afirma que, os 20 primeiros compradores do e-208 GT ganharão a estação de recarga WEG 7,4kW. A marca não informou quanto que ela custará após esse período. A estação de 11/22kW custa R$ 10.412.
Peugeot e-208 GT.
Visualmente falando, o e-208 é exatamente igual ao irmão movido a combustão, tanto por fora quanto por dentro. Com destaque para a luz de circulação diurna em LED como “dentes de sabre”, o teto solar panorâmico, a central multimídia com tela de 10 polegadas e o painel de instrumentos 100% digital.
Entre as tecnologias embarcadas, alertas de ponto cego, de saída de faixa e de colisão com frenagem de emergência, reconhecimento de placas de velocidade, auxiliar de permanência em faixa, assistente de farol alto, câmera 180º, piloto automático adaptativo, carregador de smartphone por indução, ar-condicionado digital e chave sensorial para abertura das portas e partida do motor.
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