Mercado automotivo brasileiro fecha agosto em leve alta perante julho
Segundo dados da Fenabrave, o último mês fechou praticamente estável. No ano, o crescimento está acima dos 13%
Por conta da MP 1.175, que dispõe sobre mecanismos de descontos patrocinados na aquisição de veículos zero quilômetro para, entre outros, julho foi, até o momento, o melhor mês em relação às vendas no setor automotivo brasileiro. Com isso, era esperado uma queda em agosto, o que não ocorreu no geral do mercado, pelo contrário.
Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em agosto, foram emplacados 371.497 unidades, praticamente estável quando comparado com julho, quando 367.188 veículos foram comercializados, leve alta de 1,17%. Em relação ao mesmo mês de 2022, alta de 7,18% (346.597). O acumulado do ano também apresenta um bom crescimento, de 13,65% (2.620.025 contra 2.305.439).
Já entre os veículos leves, houve a esperada redução, mas menos drástica do que imaginado. Em agosto foram 196.878 unidades emplacadas, queda de 8,73% em relação a julho (215.705), mas alta de 1,36% em comparação com o mesmo período do ano passado (194.230). O acumulado também segue no azul, com alta de 10,90% (1.347.065 contra 1.214.692).
Caminhões e ônibus finalmente apresentam uma recuperação, mesmo que ainda tímida e apenas na relação agosto/julho. No período, houve uma alta de 9,57% (10.839 contra 9.892). Comparado com o mesmo mês de 2022, a queda foi grande, de impactantes 24,45% (14.347). Com isso, no ano, também há uma redução, de 9,84% (84.479 contra 93.703).
Após dois meses de queda, as motocicletas se recuperam bem e apresentam uma alta de 15,98% entre agosto (142.714) e julho (123.051) e de 20,38% quando comparado o mês passado com o mesmo de 2022 (118.556). O ano também apresenta uma boa alta, de 21,17% (1.045.494 contra 862.847).
De acordo com a Fenabrave, a entidade está avaliando alguns projetos que poderão ser propostos ao Governo Federal, no sentido de estimular as vendas de automóveis e comerciais leves, de forma que os veículos se tornem mais acessíveis ao consumidor de menor renda, por meio de uma possível redução de preços, maior oferta de crédito, sem perda de arrecadação e visando a valorização da descarbonização do setor.
“Todo esse conjunto de fatores gerará a escala necessária para que o segmento de automóveis se recupere, de forma definitiva, trazendo a população de baixa renda de volta para a pista do consumo. Não há um prazo para apresentar a proposta, estamos em fase de simulações e isso leva tempo”, aponta Andreta Jr., presidente da Fenabrave.