Nova estratégia

Land Rover deixará de existir e dará lugar a Range Rover, Discovery e Defender

Em um ousado plano de reposicionamento, a britânica será dividida em três marcas, baseadas nos principais modelos atuais

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Land Rover deixará de existir e dará lugar a Range Rover, Discovery e Defender. Foto: JLR.

O Grupo Jaguar Land Rover (JLR) anuncia um passo ousado e gigante no plano de renovação. Batizado de “Reimagine”, o reposicionamento da britânica focará na eletrificação e, dentre diversas novidades, dividirá a Land Rover em três novas marcas, fazendo com que a inglesa, tecnicamente – ao menos como nome – deixe de existir. 

Chamado de “House of Brands” (ou Casa das Marcas, em tradução livre), a estratégia “Reimagine” pegou cada linha dos principais produtos da montadora (Range Rover, Discovery e Defender) e as transformará em marcas independentes, junto com a Jaguar, dentro do “guarda-chuva” da JLR, todas manterão o foco no mercado de veículos de luxo. 

Além do “rebrand” a JLR investirá, em cinco anos, cerca de 15 bilhões de euros (R$ 83 bilhões) na renovação das plantas industriais do grupo, em programas de veículos totalmente elétricos e em tecnologias autônomas.

“É fundamental para a nossa estratégia ‘Reimagine’ a formação da ‘House of Brands’, que é uma evolução natural, com o objetivo de elevar e amplificar a singularidade de nossas marcas características britânicas. Nossa ambição final é construir experiências verdadeiramente emocionais e envolventes para nossos clientes que, ao longo do tempo, construirão alta equidade de longo prazo para nossas marcas e sustentabilidade de longo prazo para a JLR”, afirma Sir Gerry McGovern, diretor criativo da JLR.

A JLR anuncia também os planos para acelerar sua eletrificação. A principal fábrica do grupo, em Halewood, no Reino Unido, será uma planta de produção 100% elétrica, com a próxima geração de SUVs de médio porte, com arquitetura modular eletrificada (EMA), será puramente elétrica, com previsão de modernizar a linha até 2030.

“Há dois anos, lançamos nossa estratégia ‘Reimagine’ e, desde então, fizemos grandes progressos, incluindo o lançamento de dois novos modelos, o Range Rover e o Range Rover Sport, aclamados pela crítica, juntando-se à família Defender, para a qual há uma demanda recorde. Conseguimos isso enquanto navegávamos pelos ventos contrários da pandemia e da escassez de chips e aumentamos com sucesso a produção de nossos modelos”, aponta Adrian Mardell, CEO da JLR.  

Ao divulgar a notícia sobre seus novos esforços na área de eletrificação de próxima geração, a JLR confirmou que o primeiro de seus SUVs de luxo de tamanho médio da próxima geração será um modelo totalmente elétrico da família Range Rover, previsto para 2025.

Como a EMA será totalmente elétrica, à medida que a tendência para a eletrificação em certos mercados aumenta, a JLR manterá a arquitetura longitudinal modular flexível (MLA) na qual o Range Rover e o Range Rover Sport são construídos, oferecendo opções de motor de combustão interna (ICE), híbrido e veículo elétrico a bateria (BEV). 

De acordo com o grupo inglês, isso dá à JLR flexibilidade para adaptar sua linha de veículos para atender às necessidades de diferentes mercados em todo o mundo, que estão se movendo em diferentes velocidades em direção a metas de zero carbono.

A JLR anunciou também sobre o primeiro de três modelos da Jaguar alinhado ao padrão Modern Luxury. Será um GT de quatro portas, com potência maior do que qualquer Jaguar já feito, autonomia de até 700 quilômetros e preços na casa das 100 mil libras (R$ 628 mil na conversão direta).

“Reinventamos radicalmente a Jaguar como uma marca de luxo moderna. A chave para a transformação da Jaguar é que os projetos transmitem que eles são uma cópia de nada”, aponta Sir McGovern.

Além da notícia sobre a fábrica de Halewood, a JLR também revela que seu Centro de Fabricação de Motores em Wolverhampton, também no Reino Unido, que atualmente produz motores de combustão interna, terá um futuro 100% elétrico, com a fabricação de unidades de acionamento elétrico e baterias. Com isso, ele será renomeado para “Centro de Fabricação de Propulsão Elétrica”.

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