Honda apresenta o ZR-V e seu ultrapassado motor 2.0 aspirado
Enquanto boa parte do mercado fala sobre eletrificação, a japonesa lança o SUV médio com propulsor aspirado defasado
Não é de hoje que a Honda vem patinando nas vendas no Brasil. Após praticamente destruir com o carro-chefe da marca no país, o Civic, ao lançar a 11ª geração em única e absurdamente cara versão, a japonesa tenta reaver clientes com o mais recente lançamento da marca, o ZR-V, um SUV médio que já surge ultrapassado.
Apesar da marca já contar com um utilitário médio em seu line-up, o CR-V, ela resolveu criar mais um e, assim, surgiu o ZR-V. A questão é que, assim como o Civic, ele chega ao Brasil em uma única versão apenas, por salgados R$ 214.500 e o mesmo motor que equipava o sedã por aqui, ou seja, um 2.0 aspirado, mas piorado, já que só utiliza gasolina.
Para se ter uma ideia, a opção topo de linha do HR-V sai por R$ 195.800, pouca coisa a menos que o ZR-V. Olhando para a concorrência, ele é mais caro do que Toyota Corolla Cross XRX (R$ 210.990), Caoa Chery Tiggo 7 (R$ 179.990), GWM Haval H6 (R$ 241.000), todos híbridos, e que Volks Taos Highline (R$ 212.480). O BYD Song Plus sai por R$ 229.800, enquanto o rei da categoria, o Jeep Compass turbo flex, varia de R$ 178,590 a R$ R$ 240.940.
Enquanto a concorrência fala em eletrificação, sendo que boa parte dela já conta com modelos híbridos, a Honda resolveu adotar um motor que nem turbo é, sendo que o HR-V tem opção do 1.5 turbinado de 175 cavalos. O propulsor do ZR-V gera apenas 161 cavalos e 19,1kgfm de torque, ou seja, mais fraco que o irmão menor.
Transmissão automática tipo CVT, direção elétrica progressiva e suspensão independente nas quatro rodas do tipo MacPherson na dianteira e multilink na traseira, completam o conjunto mecânico. Segundo a Honda, o utilitário apresenta um consumo de 10,2km/l na cidade e 12,1km/l na estrada.
Ao menos, o SUV é bem equipado, ele vem com painel de instrumentos com tela digital de sete polegadas, central multimídia com display de nove polegadas, conexão via Android Auto e Apple CarPlay e cinco portas USB, carregador de celular por indução, teto solar elétrico, ar-condicionado digital e dual zone, chave sensorial, partida por botão e myHonda Connect.
A plataforma de conectividade da marca apresenta, via aplicativo no smartphone, funções como notificação automática de colisão, detecção remota de falha, localização e rastreamento do veículo, assistência 24h, controles remotos (acionar ar-condicionado, ligar o motor do carro, destravar e travar portas), dados de últimas viagens, manual do carro.
Na parte da segurança, faróis full LED, freio de estacionamento eletrônico com função Brake Hold, retrovisor interno eletrocrômico, oito airbags, auxiliar de descida e subida em rampa, controles de tração e estabilidade, monitoramentos de pressão dos pneus e de atenção do motorista, LaneWatch, sensores de estacionamento, câmera de ré e o Honda Sensing.
O sistema engloba piloto automático adaptativo com stop&go, sistema de frenagem para mitigação de colisão, auxiliar de permanência em faixa, alerta de saída de faixa de rolamento e farol alto automático.