Fiat apresenta o Pulse Abarth, o esportivo nutela do ‘escorpião’
Equipado com o motor 1.3 turbo e câmbio automático, o utilitário recebe uma roupagem diferenciada para ser chamado de “esportivo”
No universo automotivo há algumas “brigas” entre quem defende os clássicos e quem apoia as “evoluções”. Dentre elas, há duas mais enfáticas, a dos SUVs, que os puristas só consideram os que contam com tração 4×4, e dos esportivos, que teriam que ser apenas manual. Pois a Fiat mexeu nestes dois “vespeiros” no mais recente lançamento da marca.
Pela terceira vez, a italiana apresenta um modelo Abarth no Brasil, agora com o Pulse, um esportivo para lá de nutela. A novidade é pioneira em vários aspectos, pois é o primeiro SUV da “marca do escorpião” e o primeiro desenvolvido e produzido por aqui. Além disso, ao contrário dos outros dois (Stilo e 500), ele utiliza câmbio automático.
O “esportivo” além de ser baseado em um SUV – que, ironicamente, significa “Veículo Utilitário Esportivo”, na sigla em inglês –, é basicamente, o Pulse com um motor mais forte (o 1.3 turbo) e uma roupagem engraçadinha e que custa surreais R$ 149.990, R$ 22 mil a mais que a versão topo de linha com propulsor 1.0 turbo.
Além do preço insano, a Fiat comete uma gafe – para dizer o mínimo – gigante. Segundo a montadora, o Pulse Abarth é o SUV compacto mais rápido do país, com um zero a 100km/h em 7,6 segundos. O problema é que, o Citroën C4 Cactus THP é 0,3 segundos mais veloz, saindo da imobilidade até os 100km/h em 7,3 segundos.
A italiana utiliza deste números para justificar a tal esportividade do utilitário. Mas outros modelos com motorização turbo e sem o apelo esportivo são tão rápidos quanto o “escorpião” e nem precisamos sair do grupo Stellantis para isso. Peugeot 2008 THP e Fiat Fastabck 1.3 fazem em 8,1 segundos. Até o pesadão Jeep Renegade não é muito mais lento, com zero a 100km/h em 8,7 segundos. Ou seja, o Pulse deveria ser muito melhor.
Falando especificamente da motorização, o Abarth utiliza o já conhecido 1.3 turbo presente em diversos veículos da Stellantis, como o Fastback e a Toro na Fiat e Renegade, Compass e Commander na Jeep e, futuramente, deve equipar outros modelos do grupo. Ele gera 185 cavalos e 27,5kmfm de torque, aliado à transmissão automática de seis velocidades, direção elétrica e três modos de direção (Normal, Manual e Poison).
O mais diferente deles é o “Poison” por causa do nome, que faz uma referência dupla: a de “envenenar” o motor e da ação de um escorpião. O modo é, basicamente, o clássico “sport”. Ele pode ser ativado por meio de um botão vermelho no volante e que, entre outros, deixa a condução mais firme e agressiva, atuando na direção, freios e câmbio.
Visualmente falando, as principais mudanças são a troca dos logos da Fiat para o escorpião da Abarth e a introdução de detalhes vermelhos no para-choque dianteiro, retrovisores e nas faixas laterais. A grade de mesmo formato tem a parte interior no estilo colmeia. As rodas são em preto, assim como o teto e as colunas. Na traseira, escape cromado duplo.
Por dentro, o símbolo do escorpião está presente em 13 pontos, como no encosto dos bancos, centro do volante, badge do painel, no câmbio e até na tampa do motor. A cabine também conta com detalhes em vermelho no painel, nos assentos, na coifa do câmbio e no volante. Além disso, as soleiras vêm com a frase “pick your poison” (escolha seu veneno em tradução livre).
Na lista de equipamentos, o Abarth conta com apenas um item que não está presente no Pulse Impetus, o topo de linha com motor 1.0, o freio de estacionamento eletrônico com função auto hold, no mais, é – quase – tudo igual a configuração “normal” do SUV.
Dessa forma, ele vem, entre outros, com painel de instrumentos digital com tela de sete polegadas, chave sensorial, ar-condicionado automático e digital, central multimídia com display de 10,1 polegadas, conexão sem fio para smartphones via Android Auto e Apple CarPlay e sistema Connect///Me de serviços conectados e carregador wireless.
Na parte da segurança, faróis full LED, sensores de chuva, crepuscular e de estacionamento traseiro (bizarramente não tem o dianteiro, presente no Impetus), quatro airbags, o freio eletrônico e o sistema ADAS, que engloba comutação automática dos faróis, alerta de mudança de faixa e frenagem automática de emergência.
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