Conhecemos o mais novo SUV médio do pedaço, o Ford Bronco Sport
Saiba - quase - tudo sobre o utilitário que vem para tentar fazer frente ao Jeep Compass
Após decidir finalizar a produção no Brasil, a Ford informou que passaria a ser apenas uma importadora com foco em nichos específicos. O primeiro modelo completamente novo dessa “nova Ford” acaba de ser revelado e será o Bronco Sport — a marca já apresentou a mais recente versão do Mustang, mas ele era vendido por aqui, apenas a configuração que mudou. O SUV com apelo off-road chega, a princípio, no dia 20 de maio.
Por aqui, assim como o esportivo — pelo menos por enquanto –, a marca comercializará apenas uma versão do utilitário, a Wildtrack (o interessante é que, nos Estados Unidos, essa versão não consta no Sport, mas sim no Bronco “normal”). Fomos conhecer de perto o mais novo rival do líder absoluto da categoria, o Jeep Compass, que até pode dar trabalho, não fosse vários poréns.
O utilitário chega no fim de maio ao Brasil.
O primeiro deles é um que ainda não sabemos ao certo, que é o preço. A Ford ainda não divulgou quanto que o Bronco custará, nem a lista de equipamentos e a ficha técnica do SUV. Mas ele deve ficar na casa dos R$ 250 mil, um pouco mais ou um pouco menos (sendo que o Compass mais caro custa R$ 217 mil).
O motor pode ser uma incógnita no SUV, mas é um velho conhecido da marca. O Bronco utilizará a caixa 2.0 EcoBoost de 240 cavalos, a mesma do falecido Fusion, sendo assim, será o segundo utilitário médio mais potente do mercado, atrás apenas do primo EDGE ST e seu V6 de 335 cavalos.
O forte motor é o mesmo que o Fusion utilizava.
Resta saber como o propulsor se comportará — ainda não testamos o modelo, tivemos um contato apenas estático com o SUV –, principalmente na parte do consumo, que no Fusion já não era lá essas coisas, imagina em um veículo mais pesado. Claramente força ele terá, já que além dos 240 cavalos, são bons 38kgfm de torque.
Outro porém é que, mesmo com visual externo robusto, o interior não esbanja espaço, pelo contrário. Só de olhar dá para ver que ele é bem mais apertado que o irmão chinês, o Territory. Se o motorista for grande, quem for atrás não terá muito espaço para as pernas, para o ocupante do meio, além do aperto natural, o túnel central grande atrapalha ainda mais.
O espaço no banco traseiro não é lá essas coisas.
Por se tratar de um SUV médio, ele merecia ser mais espaçoso, até porque, comumente, é um carro familiar. Pelo menos ele tem saída do ar para os ocupantes traseiros. O bizarro é que, onde deveria ter uma porta USB, tem uma tomada padrão americano, a Ford deveria ter trocado isso nos modelos que virão para o Brasil.
Assim como a cabine, o porta-malas também não aparenta ser grande, ainda não temos a litragem oficial dele, mas no visual não parece poder levar muita bagagem. Um ponto interessante é que o “tampão” não é apenas uma lona, mas uma peça rígida que serve de apoio também. Além disso, a tampa do porta-malas abre apenas o vidro, podendo acessar o compartimento de carga sem precisar abrir toda a tampa, que não é elétrica e deveria ser.
Tração 4×4 com modos de condução é um dos diferenciais do SUV.
Entre os pontos que consideramos fortes, o principal é a tração 4×4 que a Ford chama de G.O.A.T.S Modes. Eles será o primeiro com um sistema desse aliado a um motor a gasolina. Não podemos afirmar se isso é positivo ou negativo, já que é algo novo, com o tempo, o próprio mercado irá apontar.
O sistema conta com sete modos de direção (Normal, Eco, Esportivo, Escorregadio, Areia, Lama e Rock Crawl “Rocha”), selecionados por meio de um botão no console central. Além disso, ao alternar entre um e outro, a tela digital no painel de instrumentos muda a forma de visualização. Apenas na prática saberemos o quanto a tração 4×4 é boa.
O painel poderia ser 100% digital, mas a tela se destaca.
Sobre o painel de instrumentos, a tela digital centralizada é bem interessante, com modo de boas-vindas ao entrar e ligar o carro e com as configurações diferentes para cada modo de direção, mas poderia integrar todo o painel, a marca manteve os ponteiros para o velocímetro e conta-giros fixos.
Seguindo no assunto telas, a da central multimídia é até interessante, mas deveria ser maior. No estilo flutuante, ela agrega bem no visual da cabine, mas parece ficar meio perdida no painel, que tem estilo robusto. O espaço poderia ter sido melhor usado com um display maior, quem sabe na vertical.
Central multimídia com tela no estilo flutuante.
Entrando na lista de equipamentos, o que sabemos, ele virá com ar-condicionado digital, dual zone e com saída para a traseira, abertura das portas e partida do motor com chave sensorial, teto solar elétrico mas não é panorâmico, ajustes elétricos para o banco do motorista, sistema de som premium da Bang & Olufsen e, certamente, ele virá com o Ford Connect.
Na parte da segurança, piloto automático adaptativo com alerta de colisão, assistente autônomo de frenagem e detecção de pedestres, câmeras de ré e frontal, faróis e lanternas em LED e sensores de estacionamento, crepuscular e de chuva. Faltaram carregador de smartphone por indução, sensor de estacionamento dianteiro, park assist e ajustes elétricos para o banco do passageiro.
Ford Bronco Sport.
Como sempre falamos, design é algo de gosto pessoal. Há quem vá gostar e quem não vá. O estilo do Bronco Sport é bem próprio, com linhas retas que remetem utilitários das décadas de 1970 e 1980 e visual bem robusto, será difícil ver algo minimamente igual nas ruas.
A cabine segue o padrão robusto do exterior, com uma mistura de materiais, o acabamento é bom, sem peças mal encaixadas ou rebarbas. O uso de couro é generoso nos bancos, que contam com parte em alcântara também, e nos painéis das portas, com material macio ao toque onde há mais contato. A unidade que conhecemos tinha interior em preto e marrom, resta saber se será um opcional ou se será de série no SUV.
