Brasil emplaca quase 100 mil veículos eletrificados em 2023
Entre híbridos de todos os tipos e elétricos, houve um crescimento de mais de 90% em relação com o ano anterior
Aos poucos, os veículos híbridos e elétricos vêm ganhando espaço no mercado automotivo brasileiro. Com diversas novidades em 2023, das mais variadas montadoras, os eletrificados tiveram um ano aquecido, marcado por um crescimento exponencial da categoria.
Segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), no ano passado, foram emplacados 93.927 veículos eletrificados no Brasil, o que representou uma alta exponencial de 91% em relação a 2022, que teve 49.245 emplacamentos.
Somente em dezembro, as vendas chegaram a 16.279 unidades, quase o triplo das 5.587 do mesmo período do ano anterior, o que representou uma alta de 191%. Segundo a ABVE, este número superou todos os recordes mensais da série histórica da entidade.
Além disso, os números de 2023 consolidam uma virada do mercado de eletrificados no Brasil, com os modelos de recarga externa, elétricos (BEV) e híbridos plug-in (PHEV), superando os tradicionais (HEV), seja puramente a gasolina ou flex.
Os plug-in (BEV e PHEV) representaram 56% das vendas de eletrificados leves no ano, com 52.359 unidades, ultrapassando os híbridos convencionais, que tiveram 41.568 emplacamentos e, que até 2022, dominavam o segmento.
Em dezembro, os plug-in tiveram uma participação ainda maior, com nada menos do que 70% das vendas totais de eletrificados (11.371 de um total de 16.279), impulsionados principalmente pelo desempenho dos novos modelos da BYD e GWM.
Segundo a associação, o ótimo resultado de 2023 reflete um conjunto de fatores, entre eles o anunciado aumento do imposto de importação de veículos elétricos e híbridos a partir de janeiro, que provocou uma antecipação das vendas no último bimestre.
“Os números indicam principalmente uma sensível evolução desse mercado este ano, com os veículos plug-in chegando a dois terços das vendas em dezembro, confirmando a confiança e a preferência cada vez maior do consumidor pelas novas tecnologias”, afirma Ricardo Bastos, presidente da ABVE.