Gangorra nas vendas

Após três trimestres, mercado automotivo brasileiro segue em alta

Apesar do crescimento no acumulado do ano, setembro teve queda considerável em relação ao mesmo período de 2020 e agosto passado

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Concessionária de veículos em Brasília.
Mercado automotivo brasileiro fecha 3º trimestre em alta. Foto: Geison Guedes/DP.

O atual cenário do mercado automotivo brasileiro mais se parece com uma gangorra, enquanto o acumulado do ano apresenta alta em relação à 2020, setembro fechou com queda brusca em comparação com o mesmo mês do ano passado e referente a agosto. Os números são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

O fechando no terceiro trimestre apresentou alta de 13,19% (1.469.862 contra 1.298.557 unidades). Em setembro foram emplacados 142.354 veículos, queda de 28,29% (198.765) em relação ao mesmo período de 2020 e 10,19% (158.501) quando comparado com agosto. 

Com o novo cenário, a Fenabrave revisou a projeção para 2021. Na análise, divulgada em julho, havia expectativa de crescimento de 13,6% sobre 2020. Agora, a expectativa é de alta de 11,1% para todo o setor, que atualmente está 21,34% maior que ano passado.

“Estamos diante de muitas incertezas e da maior crise de abastecimento de veículos já vivida nos últimos anos. Isso nos fez reduzir as expectativas de crescimento para 2021, infelizmente”, aponta Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave. 

Entre caminhões e ônibus, os dados são um pouco mais animadores. No ano, foram emplacados 107.405 unidades, alta de 42,01% em relação a 2020 (75.632). Setembro fechou com 12.729 emplacamentos, o que representa uma queda de 10,86% em comparação com agosto (14.279), mas uma alta de 42,65% referente ao mesmo período de 2020 (8.923). 

As motocicletas foram o único segmento que apresentou crescimento em todos os períodos. Em setembro, o país comercializou 108.848 unidades, alta de 5,98% (102.708) em relação a agosto e de 9,26% (99.625 ) quando comparado com setembro de 2020. No acumulado, foram emplacadas 841.481 motos, 33,34% (631.070) a mais que ano passado.

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