Delação da Odebrecht

Fachin rejeita quebra de sigilo telefônico de Temer

Ministro liberou acesso aos dados dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco

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O presidente Michel Temer antecipou a divulgação do Caged de maio usando sua conta pessoal do Twitter. Foto: (Marcelo Camargo/ABr)

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta quinta (7) o pedido de quebra do sigilo telefônico do presidente da República, Michel Temer, feito pela Polícia Federal (PF). Fachin autorizou, entretanto, o acesso aos dados dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia). Os três são investigados em um inquérito que apura suposto pagamento de propina da Odebrecht para o MDB, em 2014.

A PF havia pedido a quebra de sigilo dos três com objetivo de identificar telefonemas entre Temer e os dois ministros perto da data informada pelo ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho.

Segundo Melo Filho, ele participou de um jantar no Palácio do Jaburu com Temer, que ainda era vice-presidente, Padilha e Marcelo Odebrecht onde foi acertado o repasse de R$ 10 milhões ao MDB.

Comissão de Ética da Presidência

Luiz Navarro de Britto Filho, presidente da Comissão de Ética da Presidência da República, solicitou ao ministro Fachin o acesso à íntegra do inquérito.

No pedido, Britto Filho alega que a própria comissão quer “instruir processo de apuração ética” contra os ministros, já que não tem poderes para investigar o presidente da República.

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